sexta-feira, 8 de outubro de 2010

FLORES DO MUNDO

FLORES DO MUNDO

Quantas crianças gritam
Solução e gemem por pão…
Quantas mentiras
São ditas para enganar o estômago
Mundo miserável
Que nega o alimento a sua continuação!
Revejo no olhar faminto das crianças
O desprezo… e o desespero
De uma existência não pedida
Existência que surge muitas vezes.
Do meio de gritos e conflitos.
Existência que não vivem
Que amaldiçoam e marginalizam.
Quantos rebeldes…
Quantas traições…
Nascidas do podre da fome!
Crianças!
Flor de um mundo sem jardins
Plantadas num vaso à janela
Que temos nós para te dar?
Que mundo te preparamos?
Crianças!
Elementos do futuro
Adoradas e protegidas nos papéis
E nos direitos das convenções.
Crianças!
Revoltem-se nos seus direitos
Para que os homens compreendam
A importância do Amahã.

2 comentários:

  1. Experimenta pôr isto em prosa. São emoções muito fortes e a poesia como que "adoça" as coisas...
    Aqui não nada para adoçar, muito pelo contrário, há tudo para denunciar e chamar os bois pelos nomes e tu fazes isso muito bem!!
    Mas é só a minha opinião, que não sou muito virada para a poesia.

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  2. Labirinto de Emoções9 de outubro de 2010 às 21:51

    Obrigada amiga pela tua opinião sincera..)))
    Espero continuar a ter-te aqui.
    Beijos

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