segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

NA BEIRA DO PRECIPÍCIO

Sinto-me por vezes
À beira do precipício
Fecho os olhos
E… às vezes
Tenho vontade de voar.
A solidão
Tem um ruído ensurdecedor
Estala dentro da cabeça
E, aperta o coração.
As lágrimas teimosas
Não param de rolar.
Afinal, nada peço
Apenas espero
Porque  vida é isso mesmo
Uma espera constante
Eu só queria tempo,
Mas…
Esse tempo, malvado tempo
Alimento-me de raios de sol
E pingos de chuva
Mas há dias…
Em que o vazio persiste
Sinto que um dia vou perder
Nesta corrida contra o tempo
E desta vez eu não queria…
Só se vive uma vez
E eu tento fazê-lo
Mas o destino um dia
Vai estar contra mim…
Apetece-me dar um passo em frente
E entrar no vazio…definitivamente!



terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

AMANHÃ…


Desnudo a alma
Aos raios do sol poente
Para me aquecer no seu calor
E…na minha nudez
Me envolvo numa nuvem de estrelas
Vagueio no espaço
Soltando o pensamento em mil cores
A vida
Minha eterna amante
Abraça-me num colo de mãe
Solto-me em suspiros
De pequenas pétalas
Humedecidas de orvalho
A noite findou…
Mas os sonhos silenciosamente
Prometem o seu retorno
Sussurrando baixinho
Amanhã…amanhã…amanhã!