domingo, 30 de janeiro de 2011

SAUDADE…

Eu hoje escrevo para TI…porque a tua saudade me entristece o coração, e nada posso fazer para te ajudar a superá-la!
Porque nada do que eu diga ou escreva te compensará…
Saudade, amor, alegria e tristeza, são sentimentos que estalam no peito, não se descrevem, sentem-se simplesmente, são apenas nossos.
Eu, em silêncio elevo o meu olhar, pedindo que um raio de sol te envolva em Luz e te aqueça e amenize o coração.
Eu, estendo-te as minhas mãos nuas para aquecer as tuas, sempre que delas necessites, porque a vida recomeça em cada manhã!
Para TI o meu beijo doce e solidário.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

alma

PARABENS FILHA

Hoje, o dia vai ser mais longo que o habitual...pela primeira vez, por razões de saúde, não posso estar contigo...mas a vida é isto mesmo, feita de encontros e desencontros, e hoje, eu não posso ir ao teu encontro, nem tu ao meu!

VINTE E SETE ANOS DE VIDA

Há vinte e sete anos
Num dia frio de Janeiro
Eu vi o Sol por entre as nuvens
Depois de uma dolorosa espera
TU, finalmente chegaste!
Tudo o resto deixou de importar
O meu Amor tinha um porto
Renasci por ti e voltei a sorrir.
TU estavas nos meus braços,
Eras a minha continuação.
Vinte e sete anos depois
A vida nem sempre foi mãe para nós
Foi madrasta muitas vezes!
Hoje… eu que tudo te dei
Estendo-te as minhas mãos nuas
E um coração cheio de Amor.
Oro a Deus por ti
Que o vento sopre quente
E amenize o teu coração.
Amor de Mãe é isto…
A retaguarda pronta
Para não te deixar perder forças
O orgulho imenso da Estrela
Que Deus me deixou plantar na terra.


Um beijo de parabéns minha Filha

                                                                                         27/01/2011

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

ESCREVO AO VENTO QUE PASSA...

Escrevo ao vento que passo
O grito que calo obrigada
Aquilo que sinto
E não posso, nem devo dizer

Escrevo ao vento que passa
O sentimento estranho da revolta
Do meu Eu amachucado
Da saudade que tenho
Do que fui e já não sou

Escrevo ao vento que passa
O meu sorrir entre lágrimas
Do perdão que peço a Deus
Do meu errar por amor
Do meu não direito a vida

Escrevo ao vento que passa
O meu fim anunciado
O adeus à minha música
E às palavras que me cansam
Ao pouco que sempre pedi
Aos meus sonhos escondidos
Num coração tão cansado

Escrevo ao vento que passa
Mas ele passou…sem me ouvir!!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O MEU BEIJO DE PARABENS MINHA AVÓ...

Hoje é o teu dia...e eu apenas sinto a saudade imensa da tua partida...hoje apetecia-me ir ter contigo, estou cansada de desamor!

Minha Avó
Quanta saudade deixaste
Quantos sonhos desfeitos ao acordar.
O teu lugar ficou vazio
Jamais o poderei preencher
Igual ao teu Amor…jamais terei
Deste-me toda a tua vida.

Os anos passam lentamente,
Mas a tua recordação, não me abandona.
Dia a dia, engulo as lágrimas amargas
Que a tua partida em mim causam.
Hoje, que a felicidade me falta
Sinto mais aguda e profunda a dor
Por não poder estar contigo.

Foste sempre a minha confidente,
Nunca a força do teu amor
Fraquejou nas minhas horas más
Podia-me faltar tudo…
Mas tu estavas sempre presente.

Possa eu, um dia
Ser a  Avó que tu foste.
Possa eu dar aos meus netos
Tudo aquilo que tu me deste
E eu sentirei também,
Que a vida pode continuar
Bem viva para além da morte!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

LUZ DIÁFANA...

Através da luz diáfana do crepúsculo
Imagino a tua silhueta
Outrora,
Garoto no passado
Algures,
Homem pleno no futuro
No presente,
Não existem silhuetas… estás Tu.

Tu, com estrelas no olhar
E fios de prata nos cabelos
Brilho fecundo da minha felicidade.
Pegadas profundas
Que vão ficando gravadas
No mesmo caminho que percorro.

Nuvens de sonhos que prevalecem
Seja qual for o tempo.

E um dia…
Ao anoitecer,
Com espanto e alegria
Encontraremos o Sol no lugar da Lua
E
Começará finalmente
A alvorada do nosso dia

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

QUERO VOAR...

Quero voar…
Pássaro solto
Nas brumas do oceano
Num sonho… talvez estéril
Ao encontro do destino.
Bato de rocha em rocha
Mas continuo…
Rasgo o ar
Num grito sem som
Rodopio numa dança louca
Sem rumo nem par
Na procura do infinito
Onde estás tu?
Será que te encontro?
Sou
Uma miragem transparente
Num mar sem fim…

PLANTANDO LETRAS........

Sou uma folha de Outono
Espreitando o relógio
Numa queda lenta
Rumo a Terra de onde brotei.
A noite cai
Envolvendo-me
Num manto silencioso,
Alma vazia
Sem o brilho do luar
Voltarei à Natureza
Levada pelo vento.
Desço sozinha
Olhando de relance
As raízes que deixei.
Levo a saudade nas veias
E a ilusão no pensamento.
Podia ter sido diferente
Mas...
Hoje planto letras
Na solidão da descida.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

MEDOS ANTIGOS

Lentamente vou recuperando o que escrevia, tenho de ocupar de algum modo, este tempo em que estou metida na “gaiola” na espera da recuperação total!
Escrevi esta peça há mais de 2 anos, mas a minha ideia é esta mesma, não mudou, aliás burro velho não aprende lições, e eu sou aquilo que a vida fez de mim…

“A mentira conforme a minha avó me dizia tem perna curta…
Eu vivi e convivi com ela, grande parte da minha vida…as raras vezes que dei um estalo na minha filha, foi porque ela me mentiu!
Não suporto ser enganada, meias verdades ou subterfúgios, prefiro uma verdade dura a uma mentira piedosa.
Vivi 30 anos a ouvir as mesmas histórias contadas com dezenas de versões diferentes, conforme as pessoas e as ocasiões…
Eu ouvia calada e muitas vezes envergonhada…com medo que as outras pessoas dessem pelo logro!
Mas tenho um medo quase infantil de ser enganada, trocada, passada para trás…já o fui tantas vezes e por quem eu menos esperava.
Não consigo enganar, tripudiar, não consigo fazer jogo baixo, e quem é assim, sofre as consequências da sociedade actual, que muitas vezes não olha a meios para atingir os fins…estupidamente via que estava ser enganada, comia e calava, chorava sozinha, subia-me a tensão, sofria, aterrorizada por vezes, mas não sei como, na hora exacta em que as coisas aconteciam,  eu  era confrontada com algo escondido.
Não são só os cheiros das flores – que não existiam – que vinham até mim e me faziam saber que “eu não estava sozinha” algo me alertava e me dizia…hoje está atenta…
E as coisas surgem mesmo…descobria sempre o que não queria!
Tantas vezes chorei, sem lágrimas à vista, com a sensação estranha da solidão e do medo do vazio.
Afinal…ela chegou mesmo, mas por uma opção que tomei, porque mais vale só que mal acompanhada.”

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

ICEBERG...

Ao mexer em escritos antigos descobri algo que escrevi em 2005!
Não podia estar mais actual...a minha vida  sempre correu em ciclos sem portas
de saída. Em cada inicio de ano renovo a esperança, que se esvai no ultimo dia e vem um novo recomeço...
Se o povo diz, que o Sol quando nasce é para todos...porque é que eu tenho alturas em que me sinto gelada e não há sol que me aqueça??


Sinto-me gelada
Tudo à minha volta
Tende a ruir…
Sou um iceberg
Mar fora!
Não vejo margens
Nem rosto de humanidade
Um branco …vazio
Tudo à minha volta é teatro.
Finjo que não vejo
Deixo-me deslizar
Mas tenho medo…!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

SONHOS...

Será que os sonhos existem?
Os meus são feitos de papel
Esbatem-se no tempo
Desfazem-se com a chuva
Poucos se realizam…
Mas eu, continuo a sonhar!
Não consigo perder essa capacidade,
Fica sempre o gosto amargo
Dos não realizados
Mas os sonhos, não passam disso mesmo
Sonhos…!!!!!!

AO SABOR DO TEMPO...

Sinto o tempo…e espero
Fixo o olhar
Nos ponteiros do relógio
Que avançam sem piedade.
Tenho sempre saudades,
Tantas meu Deus…tantas…
Dolorosa sensação,
Tenho de aprender
A viver e conviver com elas.
A minha vida será sempre
Uma saudade permanente!
Escondo-a nos pequenos momentos,
Nos nossos momentos,
Bonitos e ternos
De uma suavidade mágica
A suavidade da tua eterna magia,
Vou usufruindo deles
Ao sabor do tempo
Procurando eterniza-los
No baú escondido da minha alma!

domingo, 2 de janeiro de 2011

2011 CHEGOU…

O Novo Ano entrou! Esperei por ele em silêncio, sentada no meu canto a ouvir Strauss e o Danúbio Azul, quis que o ano velho se fosse e o novo entrasse com um pouco de magia…
Um sorriso entre lágrimas com várias preces à mistura…fico sempre com um nó na garganta quando a meia-noite chega, ao recordar o abraço meigo da filha, quando a tinha perto de mim.
Invade-me a nostalgia das recordações…
Mais um ano que passou, um a menos na contagem decrescente da roda da vida.
Espero que o novo ano me tire de vez, as dores físicas que me atormentaram 12 anos.
Mas tudo é um ciclo, que se repete…ele entrou vestido de novo e com ele as habituais pequenas inverdades, que embora pequenas não deixam de o ser, mas que para mim são incompreensíveis, a não ser que por detrás se escondam segredos…de novo o meu 6º sentido me fez sentir um frio no estômago, um medo estranho que me faz ficar em alerta!
Queria mudar tanta coisa!!! Mas não faço planos, vou deixar correr, quem sabe sou surpreendida com alguma coisa boa…
Quem sabe….