quinta-feira, 21 de maio de 2015

ENTRE O CÉU E A TERRA




Voltando lentamente à normalidade do dia a dia, depois de 2 meses a tratar da minha mudança de casa (que espero seja a última…)

Dois meses entre caixas e móveis desmanchados num lado e pinturas e limpezas no outro.

No meu novo lar, ainda não está tudo terminado, porque o que ainda falta fazer depende da ajuda preciosa de amigos da filha. Mas todos têm os seus empregos e como tal, é necessário ir aguardando com calma pelos seus tempos livres.

Mas a verdade, é que já me sinto muito bem J.  Vou compensando as horas de cansaço relaxando a olhar a imensidão do Tejo.


Amo este rio, é o meu rio, ou não seja eu uma alfacinha de gema!

Deixei para trás a beleza azul do Sado e amigos maravilhosos, a quem estou profundamente agradecida pelo amor que me dispensaram diariamente durante mais de 5 anos, mas que sempre manterei no coração.

São afetos que ficarão para sempre comigo, a verdadeira amizade não se dilui com a distância.

Mas, a vida é um carrocel sempre em movimento e do destino ninguém foge… e o meu era vir para a frente do Tejo!

Acordar com o brilho do sol reflectido neste imenso horizonte e adormecer com o brilho da lua que torna o Tejo num espelho calmo.


No meu 10º andar, a cada dia que passa, deixo a imaginação voar plantando pensamentos e sentindo a sintonia perfeita entre o céu e a terra, tentando encontrar o caminho do meu EU, onde por vezes as minhas palavras ecoam em silêncio, pulando num trampolim de um sem fim de estrelas.