quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

UM NOVO RECOMEÇO…

Mais um ano que vai findar, meia aos tropeções… lá chego eu ao fim com ele!
Tropeções neste 2012 foram muitos…trabalhos, desilusões, lágrimas e sorrisos, uma variedade imensa para eu não me enfastiar do dia a dia…
A filha desempregada e a minha aflição ao vê-la partir em busca de novos rumos que lhe desse a oportunidade de uma vida condigna.
Lágrimas de saudade e dor engolidas e escondidas em sorrisos, para que a força a ela não faltasse na hora do deixar tudo para trás…
Mas Setembro chegou e eu lá rumei para a Suíça ao seu encontro. Um aniversário diferente numa viagem com inúmeras peripécias que eu alegremente superei, pois era a primeira vez que me aventurava sozinha a sair do País.
Na bagagem de ida levava a certeza do meu também desemprego no final do mês… um “presente envenenado” que foi oferecido nas vésperas dos meus 61 anos. Mas nada disso ensombrou os dias bonitos que passei com a filha e o genro, de nada serve “chorar sobre o leite derramado” e foi isso que eu fiz!
No regresso, trouxe a certeza do seu também rápido regresso a Portugal e a desilusão dos muitos kms percorridos infrutiferamente na busca de trabalho, sem nada encontrarem.
Passado pouco tempo, a minha casa virou um alegre acampamento de malas de viagem e durante 3 meses eu ouvi de novo diariamente as gargalhadas da filha e comi os petiscos deliciosos do genro (que me fizeram alegremente engordar quase 3 kilitos).
Tão diferentes os dois, mas numa cumplicidade ora terna, ora aguerrida, que sempre me fazia sorrir.
Mas a vida segue o seu rumo… embora a minha tenha levado uma reviravolta inesperada, - nesta altura eu também faça parte das estatísticas dos quase 17% de desempregados deste País -, e a casa tenha voltado ao seu habitual silêncio…eu não deixei de Sorrir!
Sem eu nada pedir, no “céu” desenhou-se um arco-iris por onde eu passo a passo vou caminhando e onde lentamente cada uma das suas cores me vai abraçando numa cumplicidade secretamente doce…
2013 vai entrar com dificuldades acrescidas para mim e para milhares de portugueses, mas eu espero continuar a fazer da minha vida uma palete de cores….As cores do
ARCOIRIS

Depois da chuva passar
Lentamente
A vida vai-se aquietando
A serenidade envolve-me.
Na ostra batida pela fúria do mar
Vai nascendo
A pequena pérola
Sinal evidente
Que doces momentos
De amargo beber
Vão sarando
Como a natureza impõe!
Pinto
Nas minhas brancas paredes
O início de um arcoiris.
A vida…
Sempre me trocou as voltas
Mas um dia…
Num entrelaçar de dedos
E leve como uma suave brisa
Os sonhos guardados
Vão-se realizando
E
No topo da montanha
Gritarei à Vida
Não desisti de mim
Hoje
Mais do que nunca
Tenho por quem, viver!

E com esta mistura de prosa/verso…(mais parece uma tosta mista…) envio a todos os que tiveram a gentileza de por aqui passar, um imenso obrigada e o desejo que  2013,  pelo menos saúde e Paz vos traga porque que em relação a euros nem vale a pena falar…

UM BEIJO E ATÉ PARA O ANO!



quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A HISTÓRIA DO 25 DE DEZEMBRO…

Este ano deu-me para ir pesquisar a data de 25 de Dezembro, podia-me dar para pior, mas estou falha de imaginação…
O 25 de Dezembro era uma data pagã conhecida por “Férias de Inverno” em homenagem a Saturno o deus da agricultura.
Um decreto do Papa Júlio I no ano 350 dc determinou a substituição da veneração do deus sol pela data em que “supostamente” teria nascido Jesus, "pois ninguém sabe ao certo a data do seu nascimento", pela comemoração do do nascimento de Jesus, aparecendo assim o dia de Natal... comemoramos pois um Decreto imposto pela Igreja... , assim como pouco se sabe sobre o Papa Júlio I, apenas que era romano, nasceu no ano 300 dc, foi eleito em 6 de Fevereiro de 337 e terminou o seu pontificado em 12 de Abril de 352.

O Natal, já me disse muito, certamente porque havia crianças à minha volta e a magia do desembrulhar das prendas e o brilhos dos seus olhos colmatavam o vazio que durante muitos anos senti…

Hoje é uma data, é esta poderia ser outra qualquer, em que o nascimento de Jesus pouco ou nada diz à maior parte das pessoas. ELE foi substituído há muito pelo Pai Natal da sociedade de consumo, onde o saco cheio dos que continuam a ter poder de compra (e muitos que não o têm endividam-se até as orelhas com os cartões de crédito…) contrasta com a fome de muitas famílias!

Se Natal é Amor…deveria ser Natal 365 por ano e não em data assinalada pelo calendário.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

UM RIO DE LEMBRANÇAS…


Sinto-me um rio
Numa corrente imparável
Um relógio do tempo
Num oceano de emoções
Lágrimas escondidas
Como gotas de chuva
Que me inundam a alma
Vagueio nos sonhos escondidos
Preenchendo-me de fantasias
Na súbita fragilidade do amor.
Viver é uma essência de lembranças
Como a corrente imparável de um rio!


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

SILENCIO NA MADRUGADA...


4 horas da manhã,
O sono teima em não vir
Com  um café na frente…
Volto aos meus desabafos.
Um turbilhão de ideias…
Tudo é silêncio a minha volta
Apenas o rodar dos carros
Corta o silêncio da madrugada.
Mais uma noite sem sono
Com tantas perguntas
Sem encontrar resposta…
Tantos sonhos
Sem saber se consigo realizar
Queria deixar de pensar,
Mas a mente,
É um cavalo à solta
Num galope doido
Que não consigo parar.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

SEMPRE….

Sempre…
Simples de dizer
Tão difícil de alcançar!
Talvez o tempo fique parado
Talvez venha ter comigo…
Busco respostas
Rasgando o mapa do destino
Como barco navego…Sempre
O Sempre…me aprisiona
Nas sensações e nas emoções
Solto-me em gargalhadas
Imaginando as ondas do teu corpo
E Sempre… busco a serenidade
Quero o Sempre…do desejo matinal
O Sempre…do anoitecer feiticeiro
O beijo que descobre o prazer
O Sempre… da timidez do início
Que eternizam os momentos
O sempre…tão difícil de alcançar
Mas que eu quero…SEMPRE…SEMPRE!


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PANO DE FUNDO…

Na tela do sonho
Pinto um cenário…
O Mar
Como pano de fundo
Num fim de tarde
Ao por do sol
Os dedos se entrelaçam
Num silêncio gostoso
O olhar mergulha
Num sorriso cúmplice
Entrelaçados…
Sentem a ondulação do mar
Na respiração levemente agitada…
A pele tem sabor a sal
E mergulham
No desejo doce de um beijo!


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

LER A VIDA COM O CORAÇÃO....

Será possível no Outono da vida
Sentir um vulcão de verão?
O corpo a arder…
A mente, qual cavalo de corrida
De crinas ao vento
Saltando obstáculos
Para ir ao teu encontro!
A Vida Está
No cimo da montanha
Rodeado de muros
De lá…lanças a tua sedução
Vejo-te com os olhos semicerrados
E um sorriso maroto e irónico
Mas a boca cerrada, silenciosa…
O meu castigo, é o teu silêncio,
O teu desacreditar no ser humano,
A mágoa que escondes
Das traições sofridas.
Não consigo fazer-te perder o medo…
Amo-te na solidão das minhas noites
E no acordar de cada manhã!
Sinto-me uma adolescente tonta
Com vontade de viver
Do estremecer de um abraço
No beijo que se adivinha...
Mas tu, não acreditas de todo
A Vida está
Misteriosamente quieta…
Talvez à espera de outro grande Amor.
Dói-me pensar nisso, e não ser a eleita!
Que mais posso fazer?
Só vendo com os olhos da alma
Se pode ler a verdade do coração!!!


terça-feira, 20 de novembro de 2012

CINZAS AO VENTO…

São elas sempre as nossas recordações
Febris…voam…voam…
E queimam-nos nos delírios
Das noites de insónia!
Da pele húmida colada à nossa
Dos gemidos entrecortados
Sussurrados ao ouvido
Dos lábios unidos
Humedecidos de beijos
Da mão…que lentamente nos percorre
Cortando a respiração
Momentos…momentos…momentos
Porque a vida é feita de momentos!
Ao atravessar a rua
Vi mãos entrelaçadas
Com olhares cúmplices
O silêncio a subentender
“O quero-te…”
E o desejo regressa
De novo a “menina” renasce
O tempo continua à espera
Da agonia de um toque
Na luxúria do prazer…
Perdida no meio dos lençóis
Deixo a imaginação voar
Não quero ainda acreditar
Que tudo isto não passou
De Cinzas ao Vento!!!




quinta-feira, 15 de novembro de 2012

ESTRANHAMENTE...VAZIA!


De repente senti-me
Estranhamente vazia!
Senti...senti...
Que não há quem me entenda o silêncio
Que se eu me calar...
Não há quem pergunte porquê!
Estranha sensação do nada
Como se a vida
Fosse um erro constante.
Olhos as mãos...
E esboço um sorriso irónico
Porque
Uma está cheia de nada
E outra...de coisa nenhuma.
Doei-me sem arrependimentos
Mas sinto a falta do calor
De um sorriso em silêncio
Por isso hoje...
Me sinto Estranhamente Vazia...!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

REFLEXÕES SOBRE O “AMO-TE”...

Penso sempre quando me dizem …amo-te… como estas palavras mudaram o seu significado ao longo da vida!

Quando era jovem, a cabeça voava para um bonito vestido branco e vinha-me à ideia o “felizes para sempre”…ai a juventude… foi a duras penas  que entendi como efémero é o “sempre”, e hoje conto pelos dedos os “sempres” que conheci!

Tirando o Amor pela filha, porque esse sim é terno e para sempre… (falo por mim que assumo em absoluto a mãe galinha que sou).

Adquiri o hábito, não sei se bom ou mau, de só as pronunciar quando, o coração grita tanto que a boca tem obrigatoriamente de as vocalizar!

Não é que não sinta vontade, mas eu como continuo a ser muito mais emocional que racional, dando sempre muito mais que o recebo, sem me arrepender de o fazer,  choca-me a banalização de tão bonitas palavras e a leviandade com que a oiço e leio…

Hoje, que o Outono da viva me envolve, ao ouvi-las sorriu e penso…”está bem abelha…queres é um belo momento com bolinha do canto superior direito”… e eu de facto sou de má boca, só “como” o que gosto e não o que me põe na frente, não acredito de todo que quem dá um chouriço, não queira depois a porca por inteiro!

A idade, longe de me tirar o romantismo e o sonho, tornou-me analítica quanto às palavras que ouço, porque elas as vezes são meras palavras pronunciadas pela boca e não pelo coração!

“Amar…não é apenas olhar um para o outro, mas sim saberem olhar ambos na mesma direcção”.

São silêncios partilhados com ternura, cumplicidade, respeito, é estar sempre perto mesmo que a kms de distância.

Amar é um arco-iris de mistério e sedução, são sentimentos que nos percorrem lentamente onde a sintonia impera e se adivinham as Palavras por Dizer!

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O SOPRO DO VENTO…


Oh sopro do vento
Na fúria do vendaval
Leva-me em teus braços
Não me deixes olhar para trás
Faz-me apenas recordar
O verde das serras
E dos jardins por onde andei…
Das músicas que ouvi
E das gargalhadas que dei!
Já que outros braços não tenho
Deixa-me aninhar nos teus.
Da Mulher que já fui…
Deixo os sonhos de menina
Que de sonhos…
Não passaram mesmo
Deixa que a noite me envolva
E me mate a saudade
Da imensidão do mar
Onde tantas e tantas vezes
As minhas lágrimas lavei
Sopra vento sopra
Não me deixes olhar para trás!!


domingo, 28 de outubro de 2012

CAMINHOS…

Dói…dói…dói…
A lonjura do olhar
Do afago dos dedos entrelaçados
Do calor de um abraço

Dói…dói…dói…
As lembranças bonitas
Guardadas na mente e no coração!

Nesta hora de adormecimento
Acredito e Oro a Deus
No sorrir do amanhã

Neste meu caminho…
Ainda longo e pedregoso
O Sol vai brilhar finalmente
Quando a “chuva” passar!



quinta-feira, 18 de outubro de 2012

2ª ANIVERSÁRIO....YUPPYYYY

O Labirinto fez 2 anos no  dia 8…mas como dia 8 era dia de S. Senhorio e eu ainda por cima estava com uma gripe desgraçada, passou-me… coitada da criança, mas teve mais é que aguentar que a “mãezinha” lhe resolvesse fazer a festa do aniversário, bem berrou, barafustou, mas como cá eu casa vivemos eu democracia…e quem manda sou…EU...(grande democracia, ahahah)...são apenas uns dias de atraso!!
 Isto deve ser um caso congénito, porque na minha família poucos acertam com as datas dos aniversários.
O meu é a 6 de Setembro…..(lá serei Virgem até morrer)… geralmente só a minha mãe acerta nele, pudera fui a primeira e ela bem gemeu 10 horas até eu deitar a cabeça de fora e dizer…Olá cá estou eu..!!!
Pensando bem, acho que foi castigo, que com 15 anos, ela tinha mais era que andar a brincar com bonecas e não aos pais e às mães…
O Labirinto pese a sua tenra idade assistiu à mais alta “pornografia” de sempre…(creio que quando crescer tem de fazer psicanálise devido aos traumas de infância).
Lentamente, viu os bem comportados cidadãos do seu País a ficarem de “tanga” alguns completamente nus de bens e serviços…
Eles são roubados com os aumentos sucessivos de tudo…e irritam-se civilizadamente…
Eles ficam no desemprego… e irritam-se civilizadamente…
Eles vêm as promessas de campanha dos governantes serem todas viradas do avesso… e irritam-se civilizadamente…
E… ainda civilizadamente se irritaram por verem a bandeira nacional no dia 5 de Outubro ser hasteada de pernas para o ar!!
Eu cá por mim deu-me foi para rir, porque melhor alegoria não podia ter havido, para assinalar a data da república de um País que está completamente de cabeça para baixo!
Não dizem que Deus escreve direito por linhas tortas…ora aí está!!!
Foi de facto um ano complicado para mim, mais 1…já estou tão habituada que nem ligo, e vou sorrindo…até quando me comunicaram que por falta de verbas para vencimentos eu iria fazer parte dos 17% da população que de 15 em 15 dias têm de ir fazer uma visita de cortesia ao Centro de “Desemprego”, sim porque é perfeitamente anedótico chamar aquilo Centro de Emprego, porque empregos lá ninguém arranja…
E, serenamente pensei…sempre disse que gostava de me reformar aos 60 anos, como é que eles adivinharam???
43 anos de trabalho e descontos para ir receber a “merda” que vou receber!
Ah! pensei,  entre mortos e feridos alguém há-de escapar, e alguma solução hei-de arranjar, é apenas soprar as cinzas, fazer nova fogueira e olhar em frente…tão simples quanto isso!
Quem sabe eu resolva compilar algumas coisas que tenho por aqui escrito e enviar para uma editora, o Não é garantido, não perco mesmo nada!
Não quero terminar, sem enviar um imenso beijo e um sorriso a todos os meus leitores que carinhosamente com ou sem comentários vão tendo a pachorra de me ler.
Bem Hajam!



terça-feira, 16 de outubro de 2012

QUEM NÃO TEM VERGONHA...

Eis uma frase que sempre ouvi da minha avozinha...e como as avós regra geral têm razão, aqui vai uma bela entrevista...não sei de hei-de rir se chorar, porque este Pais virou uma tágico-comédia...!!!!!!!!



segunda-feira, 8 de outubro de 2012

AO SABOR DO TEMPO...


Sinto o tempo…e espero
Fixo o olhar
Nos ponteiros do relógio
Que avançam sem piedade.
Tenho sempre saudades,
Tantas meu Deus…tantas…
Dolorosa sensação,
Tenho de aprender
A viver e conviver com elas.
A minha vida será sempre
Uma saudade permanente!
Escondo-a nos pequenos momentos,
Nos nossos momentos,
Bonitos e ternos
De uma suavidade mágica
A suavidade da tua eterna magia,
Vou usufruindo deles
Ao sabor do tempo
Procurando eterniza-los
No baú escondido da minha alma!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

NAVEGO NO TEU MAR....


Navego…
No teu mar revolto e irreverente
Num balanceio gargalhado
Navego…
Nas palavras por dizer
Salpicadas com o sal da malícia
Navego…
No tempo sem idade
Com um sorriso de criança
E…
Embalo-me em pautas de música
Deixando-me simplesmente
Navegar!!!


domingo, 12 de agosto de 2012

ABRAÇA-ME...

Abraça-me…abraça-me…abraça-me…
Mesmo de longe
Abraça-me…
Entende-me os teus braços
Para que eu me aninhe
Mansamente
Como se uma aragem fosse
E os teus braços
Numa melodia de siêncio
Me façam esquecer
O vazio imenso que me preenche!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

NOITE...

Chamo-te...noite
Acaricia-me no teu silêncio
Cativa-me no teu abraço
O pensamento desliza
Na noite sem madrugada
A alucinação dos sentires.
Banho-me nua
Na lua que me espreita
Fujo de mim
Nas memórias que me agarram
No desenho
Que em fogo me consome.
Num sorriso imperceptível
Cerro os olhos
Deixando envolver
Pela companheira solidão!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

LETRAS....

Letras...Letras...Letras...
Que correm lentamente
Formando um arco-iris
De palavras de amor!
Letras...
Carregadas de magia
Mistério e sedução.
Deixo-me embalar
No voo da imaginação
Sinto-as a tocarem-me a pele!
Letras...
Suaves que provocam arrepio
Os sentidos despertam
O coração dispara
Agarro-as com sofreguidão
Num banho de luar.
Mas...
São apenas letras!
Adormeço num doce-amargo
Do momento vivido
Foi apenas um momento
Intenso...é certo
Mas, eu sei
Que foram apenas e só
Letras!!!



quinta-feira, 19 de julho de 2012

AMOR NO SIlÊNCIO...

Amor maduro
É feito de música, compreensão e mistério
Suave...definido...
No passo certo
O suave toque da pele
No beijo que a percorre
Que arrepia e inebria...
É intenso e silencioso.
Na ausência...
Aumenta o anseio
Na espera...
A certeza da comunhão
Na partilha...
A certeza do ESTAR!
Não vamos desistir
Vamos acreditar
No passar da turbulência
Da lenta agonia da espera
Porque não são precisas palavras
Para no silêncio se dizer...
AMO-TE!!!

domingo, 8 de julho de 2012

A ETERNIDADE DOS DIAS…

Dezassete dias, que mais parecem uma eternidade…tal é o tamanho da saudade!
- Mãezita como estás? Tenho pouco para contar, mas é só para te ver…
E o meu coração grita de saudade enquanto o meu rosto sorri…
- Estou bem meu amor, não te preocupes comigo…
Se há dias que muito conversamos, outros,  ficamos apenas a olhar, adivinhando mudas o pensamento uma da outra!
Como é possível me dizerem:
- Só custas os primeiros tempos depois habituas-te!!!!
É capaz de ser verdade, mas não para mim!
Todos os dias me revolto, pela maldita corrupção dos algozes que governam este País!
Roubaram-me a filha, tenho-a a milhares de kms de distância, na busca de um futuro que aqui lhe foi negado.
Nunca ela pensou ter de o fazer, e foi magoada que partiu, quando esgotou todos os recursos, depois de meses de desemprego.
Gerei, pari e criei uma GUERREIRA, aprendeu comigo a nunca baixar os braços.
A Vida é feita mesmo de tropeções, são sempre mais as perdas que os ganhos, mas eu queria que com ela não tivesse sido assim.
Deus destina a cada um de nós um caminho… Oro e peço diariamente  para que o da minha filha seja mais ameno do que tem sido…espero que ELE me oiça!
A Saudade… essa escondo-a para que ela não se aperceba e consiga gerir o seu presente, rumo ao futuro a que tem direito.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

SE EU PUDESSE


Se eu pudesse…
Ia ao encontro do mar
Para as minhas lágrimas
Se misturarem com o sal das ondas
Se eu pudesse…
Colocava-te de novo
Dentro do meu ventre
Para que nada no Mundo
Te pudesse atingir
Se eu pudesse…
Desfazia-me na espuma rendilhada
Que beija a areia
Para não sentir a dor
De te ver partir!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

CONCERTO DO CORO E ORQUESTRA DE CAMARA DA SFUA

Não é que eu saiba cantar... mas estes momentos fazem-me esquecer por instantes as brumas em que os meus pensamentos se envolvem, neste periodo conturbado da minha vida... e sermos aplaudidas de pé, cola-me um sorriso, cada vez mais dificil de expressar!!

terça-feira, 29 de maio de 2012

A SAUDADE DO FUTURO...

Embalada numa noite de insónia
Velo-te no teu sono de mulhuer/menina
Aninhada nos meus braços
Como se criança fosses!
A saudade do próximo futuro
Estala-me no peito
Nenhuma mãe
Se prepara para separações...
 Mas esta dói pela injustiça
De um País sem condições
Que te obriga a partir!
Procuro o alento
Para a força que vou perdendo...
Peço a Deus Luz
para um caminho que vai ser dificil e solitário
Peço a Deus protecção
Para te guiar os passos
Peço... Peço... Peço...
Porque Deus é Pai
E entende as lágrimas que escondo
Das Saudades do Futuro!!


domingo, 6 de maio de 2012

DIA DA MÃE...

Mãe...
Três letras que encerram um mundo de amor.
Sou Mãe e Filha.
Três gerações que hoje se juntaram na mesa do almoço, sorri...engulindo as lágrimas!
A Mãe, o meu exemplo de vida, no seu esforço de viver, tambem ela sem o dizer, sorria com lágrimas secretas da saudade de quem já partiu... e da neta a 1ª, tambem ela de partida procurando o futuro que este País lhe nega...
A minha Filha no explendor da idade que eu tenho de ver partir para kms de mim...porque os filhos não são nossos... são dádivas de Deus, que amamos até à exaustão, mas que têm de seguir o seu destino.
Dia da Mãe, um doce amargo que me doi...
Minha Mãe...as minhas Raizes
Minha Filha...O Sol da minha Vida
Amo-vos.

sábado, 5 de maio de 2012

OLHANDO O INFINITO...

No murmúrio do mar
Vejo ao longe
O avermelhar do pôr do sol
No contraste
Do cinzento do meu olhar.
A espuma e as algas
Beijam o areal.
Sinto o arrepio
Do frio das águas
Percorrer-me as veias…
Abandono-me na areia
Sentindo a brisa suave
Beijar-me o rosto,
E, esqueço as horas
Ao calor morno do sol.



sábado, 21 de abril de 2012

CORRIDA DA VIDA

Corrida de passos diários
Horas incertas,  frustradas que marcam  tempo
Vendaval diário de mentiras
Ditadas a um povo passivo
Destruindo o dia a dia

E afinal porquê?

Teorias podres
Que caem no pó
Mascaras de cera
Que derretem com o calor…
Gatunos com punhos de renda
Que roubam impunes o alheio
E tingem de negro a lealdade

Não…Não…Não!!!

Não deixarei que me roubem o Sol
Ganhei-o na corrida diária
É o prémio justo de uma espera longa
E lutarei até à morte
Se preciso for
Pelo direito que tenho
A um pouco de calor.

quinta-feira, 15 de março de 2012

PENSAMENTOS...

O pensamento
A unica coisa verdadeiramente nossa
Com ele sonhamos
Voamos e guardamos as ilusões.
Nele futuam a alegria e a dor
Com ele oramos sem som
Num desejo de chegar a Deus
Com ele sorrimos
Enquanto o coração chora
Com o pensamento vivemos e amamos
Ou morremos no silêncio da solidão!


sábado, 4 de fevereiro de 2012

ENCONTROS...


A cada encontro
A cada instante
Eu te quero mais...
São vontades maiores
Que não se distraem,
Vontades que crescem
A cada segundo.
Encontros que não saem da memória,
Que são assinados
Na memória mais íntima
dos sentimentos.
São encontros
De dois destinos
Formando uma única estrela.
Os silêncios partilhados
Caminhos que se entrecruzam
É o aumentar dos desejos
É fazer com que os
sentimentos predominem.
Sabes que…
Te quero cada vez mais
Em cada novo
Encontro.


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

SE EU PUDESSE...

Se eu pudesse
Dar ao vento a leveza do meu Amor
Ele te diria
Que a vida é feita de pequenos nadas
Que o futuro existe
Que acreditar
Não é palavra vã
Que no silêncio dos silêncios
O meu Olhar
Te envolve num abraço de ternura e descanso


domingo, 8 de janeiro de 2012

O BEIJO...

Fecho os olhos e sinto
Um beijo soprado
E não sentido…
Um apelo estranho
Ecos de longe
Que soam tão perto
Senti-los doces
Sem saber como
Uma saudade
Escondida e medrosa
No desejo furtivo
De um novo amanhecer
Numa praia deserta
Com o testemunho ondulante
De um Mar
Bravio com ondas de ternura
E de uma pele com sabor a sal!