sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O VOO... "MAIO 2010"

Voa em direcção ao Sol
Qual pássaro ferido e gélido
Procurando um pouco de calor
Já que a ferida certamente não terá cura
A dor, vai-se apossando do corpo
A revolta surge
Brusca e violenta
Porquê ela ... mais uma vez?
Olha em volta...
Apenas a cria lhe sorri
Sempre apaixonada pela mãe
E pronta a lamber-lhe as feridas
Depois
Sózinha... repensa o passado
E tenta olhar o futuro
Chora sem lágrimas
Pelos sonhos guardados em segredo.
Foi guardando sôfrega
Os momentos de ternura
Que alguem lhe deu..e foi escondendo
Como réstia de calor
Porque isso
Era o único sonho que lhe comandava a vida


terça-feira, 22 de novembro de 2011

JANELA FECHADA...

Mar confidente
Guarda-me os sonhos
Lava-me a alma
Salpica-me de esperança
Abraça-me em silêncio
Devolve-me o sorriso.
A chuva voltou
Molhando-me o rosto.
Olho o cinzento do céu
Procurando uma réstia de Sol
Mas ele escondeu-se faz tempo
Deixando apenas a saudade...
Recolho-me nas sombras do tempo
E na angústia do desencanto
Da janela que a vida fechou!





sexta-feira, 18 de novembro de 2011

AQUI…

Estou aqui de novo
Mas não sei se vou ficar!
Sinto-me frágil… quase infantil
As palavras esvaiem-se no silêncio.
Desço uma escada
Degrau a degrau
Com um arco-iris nas costas
E um pôr-do-sol… imaginário
Apertado no coração.
Numa mão uma mala quase vazia
Por onde os sonhos se vão escapando
Na outra uma estrela
Que tento não deixar fugir.
Vou tropeçando
E de novo me ergo
Procurando a luz na escuridão.
Já não reconheço o sorriso
Que mesmo assim persiste
Estou aqui…
Só não sei se vou ficar!!


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O AMOR…

O Amor…O verdadeiro amor não tem preço, nem cotação em bolsa… ele compra-se com a Alma!
Todos falamos de Amor…mas ele nasce de dentro para fora, sem explicação nem definição.
Quando carregamos um filho no ventre, somos portadoras do maior e mais belo “mistério” da criação.
Duas pequenas células que se unem e geram um Ser!
Quando sentimos um filho/a após o nascimento na nossa pele nua não existem palavras que descrevam aquele momento de extase total…
É indiscritivel  a sensação de amamentar, sentir a boca de um filho/a no nosso peito a ser alimentado é o beijo supremo.
Amar com o olhar,  no silêncio da partilha…
Amar num abraço, sentindo dois corações baterem a compasso…
Amar na distância, num desfilar de recordações…
Amar num beijo, que se deseja na espera da chegada…
Não sei descrever o Amor com palavras, só sei senti-lo, com dor, com alegria, na saudade de um adeus, de momentos…
Ele surge num rio de sorrisos, ou num sonho feito arco-iris…
O Amor é uma frágil flor, se não flor acarinhado, morre...
Não sei descrever o Amor com palavras, apenas sei senti-lo, porque sou uma simples  alma faminta que só sabe Amar!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

ROMAGEM DE ALMA…

Neste dia de romagem, eu não a faço… nunca a fiz, despedi-me de todos na hora da viagem com um “até um dia”!!
Nunca suportei a ideia de ir olhar para um lugar onde apenas vejo um monte de terra a abafar quem amo.
As flores que compraria, iriam murchar…as que lhes ofereço, não hoje, mas todos os dias, estão dentro do meu coração e todos o sabem!
As lágrimas de saudades, choro-as silenciosamente sozinha, porque também nunca suportei sentimentos de pena.
Cada um que partiu me deixou mais pobre e mais vazia…
Oro diariamente a Deus por todos, os ausentes e os presentes.
Recolho-me vagueante nas recordações e passo os dedos nas fotografias que me cercam… ausências que me doem, porque a saudade é teimosa e nunca parte!
Olho o céu e procuro ver nas estrelas os seus sorrisos, para que neste meu silêncio eu possa sentir os seus abraços de ternura.