quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

2012 A CHEGAR!!!

Mais um ano que termina…o NOVO já espreita!!
Ano complicado? Muito sim! Mas nada como um dia atrás do outro e um novo amanhecer, porque de todas as desilusões e partidas que a vida me pregou, saí fortalecida.
Sou uma crente no ser humano e por cada lágrima que derramei surgiu-me sempre um novo sorriso.
Sou assim mesmo, por mais “pancada” que a vida me dê e eu “ajoelhe”, tenho tido sempre a capacidade de me levantar, por vezes a duras penas, mas SEMPRE SIGO EM FRENTE.
Espero que Deus me continue a dar esta capacidade por muitos anos.
Vivi momentos bonitos e experiencias únicas que ficarão para sempre guardadas numa das minhas 60 gavetas, mas…efémeras sem dúvida… porque finalmente consegui perceber que embora muito bonitos, foram apenas Momentos!
Talvez esteja enganada, mas creio que tenho o direito a ter mais do que isso…
Viro mais umas páginas do livro da Vida e das Memórias e com o novo ano vou iniciar um novo capítulo.
Erros, certamente que os cometerei! Não há quem não os cometa. Espero só não repetir os velhos.
E que venha 2012…que eu cá estarei para o receber, com a mesma capacidade de viver e sonhar que nunca consegui perder.
PARA TODOS OS MEUS LEITORES, OS MAIS  SINCEROS DESEJOS QUE O NOVO ANO LHES TRAGA PAZ, AMOR E SAUDE (pese embora as dificuldades que a conjuntura actual do País nos vai obrigar) UM BEIJO PELO VOSSO IMENSO CARINHO.


domingo, 18 de dezembro de 2011

Ser mulher é ter forças para ir mais longe...

O texto que deixo não é da minha autoria mas é dedicada a todas AS MULHERES!
“Ser mulher é ser tudo, condensado em delicados frascos de poesia.
Ser mulher é parir com lágrimas de amor e alimentar seu rebento com sua própria sina;
Ser mulher é um encontro com o divino, ser a mãe redentora que acalenta o filho, independente de sua idade;
Ser mulher é ser gata no cio, e não ter presas as pernas na hora das verdades;
Ser mulher é ambicionar o mar, e navegar infinitamente sem fronteiras;
Ser mulher é rezar o terço, e ocultar as chagas íntimas das tristezas;
Ser mulher é sorrir com dentes pálidos, e ver as rugas brotando como sementes orgulhosas;
Ser mulher é lacunar seus medos, não sentir o pendor nos seios, nem o útero à mostra;
Ser mulher é algo cármico, delicado e tão voraz;como um buquê de rosas;
Ser mulher é ser poesia ao acaso, e ser amante dos ventos de outro mar…
Ser mulher é sorrir nas horas tristes e chorar nas alegres só pra dar o que falar;
Ser mulher é jorrar o sangue que traz vida, numa alma parida, sob as chamas da paixão;
Ser mulher é ser virgem impassível e nebulosa e invencível sob a luz na escuridão!
Ser mulher é sair dos artifícios, ser verdadeira sem os vícios…
Na intensidade da emoção!”

sábado, 10 de dezembro de 2011

PALAVRAS...

Metade de mim é saudade
A outra metade é esperança
Saudade da turbulência...
Esperança de um lago calmo
Um pássaro solto
Preso no labirinto dos sentimentos
Num antagonismo de memórias
Não queria escrever...
Mas as palavras não me largam

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O NATAL...

O Natal aproxima-se de Novo… A época da hipocrisia institucional por excelência…
Vão voltar as tendas para acolher os sem abrigo, as festas para angariações dos brinquedos e roupas para os Filhos de um Deus Menor, as visitas aos lares, onde durante todo o ano se depositaram os idosos e muitos por lá ficaram esquecidos durante grande parte dos 12 meses do ano!!!
Natal deveria ser 365 no ano e não apenas 24 e 25 de Dezembro.
A recordação não de um, mas dos 60 natais que eu já vivi, será suficiente para eu escrever uma história?
Filha da cidade, por cá me arrasto e fui cumprindo algumas das nossas tradições comuns e repetitivas sempre.
Tenho algumas recordações bonitas desta época que ficaram em mim.
A ansiedade de criança, das noites mal dormidas, a prece dos meus natais de miúda, que se cumpriam em duas etapas.
A primeira em casa da avó na véspera, onde se cumpria a tradição da “procissão do pé descalço” - todos colocávamos 1 sapato na arvore  - depois éramos recambiados para um quarto ansiosos que o Pai Natal chegasse… quando a avó achava que já era tempo suficiente, íamos em fila indiana com o mais pequeno na frente, que era sempre o meu irmão Zé Luís e no final da fila a avó…um pé calçado e o outro descalço, lá chegávamos a sala ansiosos, e encontrávamos cada sapato com as respectivas prendas em volta deles … noites de encantamento, enquanto acreditamos na vinda do Pai Natal! – eu mantive essa brincadeira depois de casada enquanto tive crianças à minha volta - .
De seguida o regresso a casa, onde eu e os meus irmãos, colocávamos de novo os sapatos, desta vez na chaminé.
Em cima do fogão um papel de seda cor de rosa, com o meu, e dos lados os dos meus manos em cima dos respectivos papeis azuis.
Deitada, cerrava os olhos com força e o sono não vinha e no silêncio da casa eu continuava acordada, no escuro desejava ardentemente que fosse manhã, para ir recolher os meus desejos, que eram sempre pequeninos, porque a abundância era pouca, e nós sabíamos isso.
Mal o dia clareava corríamos para cozinha, e lá regressávamos para a cama ainda quente, com os nossos desejos feitos brinquedos.
Passaram os anos.
E eu aos vinte e seis anos fui “mãe” de filhos que não pari, mas que abracei como tal e durante 5 anos ate a minha Joana chegar e depois até ela ir para a escola, idade em que deixou de acreditar no Pai Natal, eu ia ouvindo os anseios dos meus filhos com os seus pedidos para o Natal.
E lá ia eu comprando,  fazendo e escondendo os embrulhos das pequenas coisas que ia conseguindo amealhar, era uma época em que eu me sentia feliz e ansiosa por ver as suas caritas e o rasgar dos papeis e dos laços. Mantive,  como me faziam a mim em criança a tradição da casa da Avó da “procissão do pé descalço”.
Revejo os seus olhos brilhantes e despertos,  excitados e felizes, eu esquecia naqueles momentos as agruras, os desgostos e os insultos de que era alvo o ano inteiro… isto enquanto tive crianças que acreditavam no mistério dos presentes do Deus Menino, isso tornava felizes os meus Natais!
Agora tudo é diferente e eu também.
Vejo chegar o tempo de Natal, as perdas ao longo da vida foram muitas e eu sinto-me carregada de inquietações, já sem presentes de crianças para dar ou receber, recusando-me a participar na caridade bem comportada que espera disciplinadamente por esta época para se mostrar…
Vivemos num mundo cheio de destinos aflitos, os pobres ficam cada vez mais pobres e eu sinto medo dos humilhar com a minha esmola mascarada, porque sei, sabemos todos, que a miséria e solidão afligem a humanidade – não toda, mas alguma -  todos os dias de todos ao anos que passam.
É por isso que sem hipocrisias nem presentes, eu estendo apenas as minhas mãos vazias e o meu coração cheio de amor.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

UMA HISTÓRIA...

O dia passou lento, uma sensação estranha de medo estava dentro dela, o cheiro da comida agoniava, nada passava pela garganta.
No final do dia dirigiu-se para o transporte, desejosa de chegar a casa e despir-se de todas as máscaras ficar sossegada no escuro.
Mas deixou passar a estação sem dar por ela, aflita, saiu na seguinte e pensou como é que ia voltar em sentido contrário, passar para o outro lado? O passe não dava para abrir cancelas e ela tinha apenas alguns cêntimos na carteira, nem dava para o bilhete porque o ordenado ainda não estava na conta…
Rezou e encaminhou-se para a saída e felizmente aquela estação desconhecida não tinha cancelas… com as pernas a tremer deu meia volta para o outro lado e não teve outra solução se não esperar quase uma hora pelo regresso.
Já sentada e com muito frio, devido ao seu mal estar, pegou no telemóvel… mas desistiu, não valia a pena dizer nada, há muito que ele estava em silêncio e aqueles pequenos nadas antes partilhados já não tinham sentido.
Chegou a casa e no escuro deitou-se. Uma noite longa indisposta, com um peso estranho no estômago e no coração.
Levantou-se mais cedo que o habitual para cumprir os deveres que o seu amor e a sua condição de filha lhe exigiam. A mãe achou-a pálida, mas ela de novo disfarçou, habituada que estava, por fazê-lo noutras situações.
Ela nunca tinha pressa para o regresso, mas naquele dia só queria voltar para o seu “reduto”, não se sentia nada bem, o medo não a largava, a pouca família estava toda fora nesse fim de semana, e os amigos… esses também não os queria incomodar.
Sentou-se no sofá, já estava a anoitecer, olhos fechados, já nem lágrimas tinha para chorar aquela sensação de abandono que sentia.
Começou a gelar e sentiu de novo medo, percebeu os sintomas, o vómito aproximou-se e meia trôpega só teve tempo de chegar ao lavatório, para litros de água meia ensanguentada saírem…
Desta vez tinha mesmo de ir ao hospital, e o medo dos “tubos” que se avizinhavam aterrou-a. Sentiu-se frágil e sozinha, só pedia a Deus força para mais aquela caminhada no deserto.
Estava sem dinheiro, mas lembrou-se do seguro de saúde que tinha, pago pela empresa e chamou uma ambulância que a levou para a Cruz Vermelha…
A Caminho do hospital pegou nos telemóveis e foi lendo e ouvindo o que por lá tinha guardado, lágrimas amargas queimaram-lhe o rosto, mas logo as secou – tinha jurado não chorar mais – o mundo estava a fugir-lhe debaixo dos pés e ela não percebia o porquê!
Lá foi observada, veias picadas para as análises e, a dolorosa endoscopia e biopsia feita.
A úlcera voltou. Abriu de novo, os nervos acumulados pelas muitas situações dolorosas tinham feito de novo estragos.
Como disse que vivia sozinha e aquilo era um hospital privado, não a deixaram sair, passou a noite no SO – se não fosse o seguro de saúde teria que ir para um publico e recambiada logo de seguida para casa – .
Sedaram-na para ela adormecer, mas o seu último pensamento foi para a filha e para as saudades que tinha de sons que não ouvia há muito.
Regressou no dia seguinte - com tempo contava à família – veio acompanha da anemia pelo sangue perdido e uma bateria de drogas para tomar e, aguardar o resultado da biopsia que foi feita por precaução! Esperam-se resultados.
A Vida vai continuar, foi mais um episódio que Deus lhe destinou, o caminho dela vai prosseguir até à próxima paragem, não há como fugir do destino que lhe foi traçado.

Palavras c/ Maria Bethãnia.....As Palavras podem fazer ver o Sol na noite, ou anoitecer um dia de Sol!!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O VOO... "MAIO 2010"

Voa em direcção ao Sol
Qual pássaro ferido e gélido
Procurando um pouco de calor
Já que a ferida certamente não terá cura
A dor, vai-se apossando do corpo
A revolta surge
Brusca e violenta
Porquê ela ... mais uma vez?
Olha em volta...
Apenas a cria lhe sorri
Sempre apaixonada pela mãe
E pronta a lamber-lhe as feridas
Depois
Sózinha... repensa o passado
E tenta olhar o futuro
Chora sem lágrimas
Pelos sonhos guardados em segredo.
Foi guardando sôfrega
Os momentos de ternura
Que alguem lhe deu..e foi escondendo
Como réstia de calor
Porque isso
Era o único sonho que lhe comandava a vida


terça-feira, 22 de novembro de 2011

JANELA FECHADA...

Mar confidente
Guarda-me os sonhos
Lava-me a alma
Salpica-me de esperança
Abraça-me em silêncio
Devolve-me o sorriso.
A chuva voltou
Molhando-me o rosto.
Olho o cinzento do céu
Procurando uma réstia de Sol
Mas ele escondeu-se faz tempo
Deixando apenas a saudade...
Recolho-me nas sombras do tempo
E na angústia do desencanto
Da janela que a vida fechou!





sexta-feira, 18 de novembro de 2011

AQUI…

Estou aqui de novo
Mas não sei se vou ficar!
Sinto-me frágil… quase infantil
As palavras esvaiem-se no silêncio.
Desço uma escada
Degrau a degrau
Com um arco-iris nas costas
E um pôr-do-sol… imaginário
Apertado no coração.
Numa mão uma mala quase vazia
Por onde os sonhos se vão escapando
Na outra uma estrela
Que tento não deixar fugir.
Vou tropeçando
E de novo me ergo
Procurando a luz na escuridão.
Já não reconheço o sorriso
Que mesmo assim persiste
Estou aqui…
Só não sei se vou ficar!!


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O AMOR…

O Amor…O verdadeiro amor não tem preço, nem cotação em bolsa… ele compra-se com a Alma!
Todos falamos de Amor…mas ele nasce de dentro para fora, sem explicação nem definição.
Quando carregamos um filho no ventre, somos portadoras do maior e mais belo “mistério” da criação.
Duas pequenas células que se unem e geram um Ser!
Quando sentimos um filho/a após o nascimento na nossa pele nua não existem palavras que descrevam aquele momento de extase total…
É indiscritivel  a sensação de amamentar, sentir a boca de um filho/a no nosso peito a ser alimentado é o beijo supremo.
Amar com o olhar,  no silêncio da partilha…
Amar num abraço, sentindo dois corações baterem a compasso…
Amar na distância, num desfilar de recordações…
Amar num beijo, que se deseja na espera da chegada…
Não sei descrever o Amor com palavras, só sei senti-lo, com dor, com alegria, na saudade de um adeus, de momentos…
Ele surge num rio de sorrisos, ou num sonho feito arco-iris…
O Amor é uma frágil flor, se não flor acarinhado, morre...
Não sei descrever o Amor com palavras, apenas sei senti-lo, porque sou uma simples  alma faminta que só sabe Amar!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

ROMAGEM DE ALMA…

Neste dia de romagem, eu não a faço… nunca a fiz, despedi-me de todos na hora da viagem com um “até um dia”!!
Nunca suportei a ideia de ir olhar para um lugar onde apenas vejo um monte de terra a abafar quem amo.
As flores que compraria, iriam murchar…as que lhes ofereço, não hoje, mas todos os dias, estão dentro do meu coração e todos o sabem!
As lágrimas de saudades, choro-as silenciosamente sozinha, porque também nunca suportei sentimentos de pena.
Cada um que partiu me deixou mais pobre e mais vazia…
Oro diariamente a Deus por todos, os ausentes e os presentes.
Recolho-me vagueante nas recordações e passo os dedos nas fotografias que me cercam… ausências que me doem, porque a saudade é teimosa e nunca parte!
Olho o céu e procuro ver nas estrelas os seus sorrisos, para que neste meu silêncio eu possa sentir os seus abraços de ternura.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

AS VEZES...

Não quero ser pena...
Não quero ser peso...
Não quero ser silêncio...
Não quero ser olhar,
Nem interrogação!
Queria apenas ser a saudade
 Conseguir ser a alegria mágica da companhia
Mas sinto dolorosamente
Que nada sou...
Que o tempo dos sonhos
Fugiu-me por entre os dedos
Como areia fina que o mar levou.
Percorro o inferno durante o dia
E aprisionono-me no limbo da noite
Silenciosamente
Viajo na ausência das palavras
Do beijo sorridente
Soprado de longe
Tenho dias tão ausentes de vida
Que ao adormecer...me apetece desistir!!


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

UM SORRISO…

Apenas procurei  a pacifica ternura de um sorriso
Mas um dia… um dia
Mansamente
Envolvo-me em nevoeiro
E deixo-me levar… no meio da bruma
Serei o silêncio dos silêncios
Talvez seja lembrança…
Talvez recordação!
Serei da leveza do algodão
Sem ser fardo ou obrigação!
Um dia… um dia
Eu vou ao encontro do Sol
E a ternura de um simples sorriso
Será sempre o  afago
Que levarei para me aquecer o coração!

domingo, 16 de outubro de 2011

DEVANEIOS...



Pensei que morria de saudade
Mas a saudade não mata
Só dói...estranhamente calada
Chorei a ouvir aquelas musicas...
E sorri ao ouvir murmúrios.
Mistura estranha de sentimentos
Onde me encontro e desencontro
Revolto-me nas injustiças
E tenho fome das verdades.
Sou livre prisioneira do tempo
Na vertigem da procura
Do caminho que não encontro
Num sortilégio que me devassa a alma
Uma flor perdida que ninguém vê!
Vou lavando as minhas mágoas
Que transbordam da imensidão do meu Ser.



sexta-feira, 14 de outubro de 2011

NO PALCO DA VIDA. TODOS TÊM O SEU PAPEL...UNS CONSEGUEM O PAPEL PRINCIPAL, OUTROS FICAM SEMPRE COM O SECUNDÁRIO..!!!

RADIOGRAFIA…


Finjo que durmo…
Mas os pesadelos teimam em não deixar.
Finjo que é dia…
Mas a noite permanece sempre em mim.
Finjo que sorriu…
Mas coloco os óculos escuros, para ninguém ver a névoa que me tolda o olhar.
Finjo que como…
Mas tudo perdeu o sabor.
Finjo que sou feliz…
Para ninguém ter pena do que fui e do que sou.
Finjo que sonho…
Mas eles já não existem, perderam o sentido.
Finjo que oiço musica…
Mas ela não me toca, notas descoordenada que não fazem sentido.
Finjo que trabalho…
Mas a automatização tomou conta de mim.
Finjo que acredito em Deus…
Mas a fé desaparece dia a dia, porque acho que Ele me esqueceu.
Finjo que vivo…
Mas só o coração bate, obrigando-me a vegetar neste limbo em que me encontro.
Queria dormir, sorrir, comer, sonhar, ouvir música, trabalhar, acreditar em Deus e viver!
Mas tudo isto é uma utopia…porque eu,  apenas Finjo…Finjo…Finjo...e fingir, não é viver!!!!!!!!!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

1 ANO…


Eis que o blogue chegou ao fim de 1 ano de vida!
Resolvi tirar da gaveta muito do que tenho escrito ao longo da vida, e muito escrevi durante este atribulado ano.
Este blogue é o meu Labirinto interior, emoções à flor da pele…boas e outras menos boas.
Embora este tenha sido um dos anos mais complicados que vivi, porque as perdas foram muitas… o saldo acabou por ter sido até certo ponto positivo, pois a complicada operação a que fui submetida, correu muitíssimo bem e algo que eu pensava ter perdido, afinal…não perdi, o destino assim o quis  e as linhas que eu julgava definitivamente paralelas, voltaram a cruzar-se…
Um porto de abrigo com um tráfego imenso… mas  que vai tendo sempre um lugar para eu me ancorar em horas boas e más! Muito do que escrevo provem da força dessa ancora, que sempre me ergue em momentos de aflição! Até quando o poderei fazer? Não sei, é uma incógnita que só a Deus pertence!
E eu vivo, choro, riu, ajoelho e ponho-me de pé…e no meio das perdas desgastante, fui vivendo as mais ternas e bonitas experiências, queira Deus que me seja permitido continuar a vivê-las.
Senti a terra pulsar em mim e misturei-me com a natureza, numa sensação única de Sol e Liberdade.
Estiveram aqui  3.543 visitantes de inúmeros países, certamente a ouvirem as musicas e verem as fotos que por vezes coloco, pois não me acredito que os Alemães, Holandeses, Dinamarqueses, Croatas , Indianos e até Malaios, percebam alguma coisa do que escrevi!!
Mas a todos sem excepção o meu sincero obrigada.
Para os meus seguidores e para os amigos e amigas que carinhosamente me comentaram, sendo certo que alguns comentários me comoveram profundamente, um imenso beijo de ternura.
Não sei se este blogue fará 2 anos…porque escrever para mim é uma necessidade, mas publicar o que escrevo pode não ser certo…só Deus sabe o que o futuro me reserva e quais serão as Emoções que este meu Labirinto ainda tem por descobrir.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O DANUBIO AZUL...O SONHO TORNADO REALIDADE!

POEMA...

Se eu pudesse ser poema,
Queria ser lida por uma voz
Cálida e sussurrante
Que me levasse num sonho feito luz…
Se eu pudesse ser pedra,
Queria ser diamante em bruto
Para ser lapidada
Com Ternura e Amor…
Se eu pudesse ser vento,
Seria uma brisa suave
Para beijar um rosto
E, vê-lo sorrir…
Mas eu…sou apenas Eu
Com todos os sonhos
De mulher-menina
Sou, e serei sempre uma sonhadora
Com a eterna saudades dos sonhos.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ADORMEÇO…

A noite dorme sobre mim
O dia morreu, morno e sem graça
Minha alma perdeu-se
Divagante e incerta…
Engulo as palavras
Que me queimam
Sem as conseguir pronunciar
E adormeço
Sem embalo nem abraço
Apenas eu e o silêncio
Esperando que o sonho me dê
O que a vida não consegue!

domingo, 2 de outubro de 2011

PRESA…

Foi num dia de sol
Num final de tarde
Que me aconteceste
Um sorriso luminoso
Povoado de imagens e sensações
E eu prendi-me
Soltando-me do vazio
Um homem para amar em silêncio
Com cheiro de terra molhada
De mil vidas vividas.

Perdida nas tuas lembranças
Caminho no dia a dia
Como o Sol gosta da Lua
Eu vou vivendo os silêncios
Por não saber… nem querer
Deixar de gostar de ti!

SENTE…

Sente…
O toque doce da minha mão
No teu rosto macio
Mesmo distante
Eu estou…eu sou presente.
A vida é feita de momentos
Dos meus… dos teus…dos nossos
Momentos vividos
Na distância do perto e do longe
Sente…
Não é magia do vento
Sou apenas EU!!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

RECEBI UM MAIL QUE ME FEZ DAR UMA GARGALHADA, NÃO CONSIGO DEIXAR DE O TRANSCREVER..:)))

"...Desde criança eu via coisas estranhas na TV!

* O Tarzan andava quase nu...
 
* A Cinderela chegava a casa à meia noite...
* O Aladim era ladrão...
* O Batman conduzia a 320 km/h...
* O Pinóquio mentia...
* A Bela Adormecida era uma vagabunda...
* O Zé Colméia e Catatau eram cleptomaníacos e roubavam cestas de pic-nic...
* A Branca de Neve morava numa boa com 7 homens (pequenos, mas não mortos)...
* A Olívia Palito tinha bulimia.
* O Popeye fumava um tabaco suspeito!!!
* O Pac Man corria numa sala escura com musica eletrónica comendo
pílulas que o deixam maluco.
* O Super Homem colocava as cuecas por cima das calças.
* A Margarida namorava o Pato Donald e saia com o Gastão.

  Olha os exemplos que eu tive! Tarde demais!



Agora pedem para eu me comportar bem?"

terça-feira, 27 de setembro de 2011

NOITE...

Noite
Tatuas em mim o teu silêncio
Entras em mim lentamente
E eu deixo-te ficar!
É a hora de todas as magias.
A Lua sorridente
Olha-me descaradamente
E eu deixo-a ficar
A apreciar a nudez
Da minha alma despida
E sonho
Com o teu abraço longínquo
Mas cujas marcas indeléveis
Jamais o tempo apagará!


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O MEU LUAR...

Chamo-te baixinho
Para só tu ouvires
Mas o meu chamamento
Perde-se no espaço
Sem ser ouvido...
Vejo-te sem tu me veres
Procuro as letras que não encontro
E fico na saudade
Na saudade que só eu sinto
Porque a tua vida é um turbilhão
E a minha é a calma do vazio
E escrevo... escrevo... escrevo
E espero... espero sempre
Até um fio de luar
Entrar sorrateiramente pela janela
E me fazer sorrir
Finalmente a minha hora chegou!

domingo, 25 de setembro de 2011

CAMINHO…

Quando estou só
E o querer me aperta
Invento-me nas palavras
Pacientes da espera…
Mansamente pinto
Numa tela invisível
Um caminho
Com as cores de um arco íris
Que ninguém vê.
Um desejo de partir
Num apego de ficar
Por aí vou, sem rumo
Rasgando-me nas palavras
Que só eu leio
Que só eu sinto!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

OUTONO...

Hoje, entrou o Outono, numa manhã cinzenta e fresca!
Eu gosto do Outono, da sua calma bucólica de folhas amarelas e avermelhadas.
Tambem eu sou o Outono, a exuberância da minha Primavera passou há muito e o calor tórrido do Verão acabou...
Calma, melancólica e expectante eu aguardo o que o meu Outono me reserva, sem pressa, porque aprendi  ao longo da vida a esperar. Vou vendo também eu o cair das minhas folhas, as transformações internas e externas...
As externas são visiveis dia a dia.
As internas guardo-as sigilosamente porque a "menina" continua a existir e a sonhar...mas ninguem dá por ela... os seus caminhos são solitáriamente percorridos sentada no meu canto com a imaginação a vaguear e o coração a bater!
Perco-me no meu Labirinto interno procurando o caminho sem perder a minha identidade, navego na inquietude das minhas emoções e frustações, porque este é o meu caminho e cada um tem de percorrer o seu.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

DIÁRIO DE VIAGEM – 1º...

Olho-o pela décima vez…mas ele continua “morto” fazem-me tanta falta umas simples letras ou mesmo um boneco sorridente…mas hoje nada veio…ninguém certamente entende o significado de meia dúzia de letras, mas para mim, esses são os meus “momentos”!
Viro a cabeça para a janela tentando abstrair-me, olho o Tejo e penso que eu  queria ser uma dos milhões de gotas que o compõem! Está verde e calmo com umas manchas azuis que o atravessam, mas não sei o porquê dessas tonalidades!
Uma infinidade de minúsculos barcos - vistos de cima da ponte, parecem miniaturas – navegam lentamente, tal como eu navego com o olhar perdido no horizonte.
Deixei-o para trás e de relance fixo-me naquela carruagem cheia, viajo sempre na mesma, os rostos já me são familiares, creio que vou tentar analisar o que está por detrás de cada semblante, na maioria fechados e sem brilho…
Hoje não, que a disposição não ajuda, mas futuramente talvez faça um diário de viagens…
Estou a chegar ao meu destino, guardo a caneta e o caderno e vou-me preparar para sair, a casa e o seu silêncio esperam por mim!

                                                                               21/09/2011

AS VINHA DA ESPERANÇA...

Todos os dias as revejo duas vezes e fico com um sorriso tolo no rosto. Vem-me à ideia uma frase ouvida vezes sem conta na TV – fui tão feliz ali! –
E a verdade é que olho aquela mancha verde, que nesta altura começa a tomar as tonalidades do Outono, já despida dos cachos que a ornamentavam e também em penso – como eu fui feliz ali – dias de sol intenso e cansaço, mas um cansaço feliz com fados trauteados à mistura, que se cantavam desafinados e soavam a coros gregorianos…
Dias partilhados que eu queria que fossem eternos…conversas imensas ou silêncios gostosos, mas nós estávamos ali!
Se a vida não fosse tão madrasta ainda teríamos um mundo de coisas a partilhar, mas o destino dita-me apenas “momentos” e não a vida…
De regresso ao meu mundo real, calo a saudade que me aperta o peito na espera de novos “momentos”…
A minha vida é sempre uma espera de um tempo sem tempo, um tronco com ramos virados ao céu num pedido mudo do abraço do Sol, que lentamente se despe de folhas mortas até ficar nua, como nua eu vim ao mundo e nua me deito de mãos abertas e vazias, noite após noite…
E na minha nostalgia com sabor a sal, vou navegando e imaginando que existe alguém que me ame por inteiro, que compreende as minhas loucuras, para quem eu seja um sonho bom, que no meio de uma discussão me abrace e me cale com um beijo, que sinta a minha falta e precise de mim a sorrir!!!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

PENSAMENTO…

O pensamento não tem voz
Ama, ri e chora silenciosamente
Voa no infinito
Dos sonhos escondidos.
É livre como um pássaro
Solto e sem amarras
É condutor e conduzido
Pelas emoções que o afagam
O meu pensamento…
Cruza oceanos de ternura
Afoga-se nos sonhos
E submerge em cada dia
Esmagado pelas ausências!
Mas teimosamente
Continua a lutar
Pelos momentos de felicidade
Que a vida
Generosamente lhe vai oferecendo.

sábado, 10 de setembro de 2011

A DOR…

Dói, sem eu saber o porquê!
Só sei que dói…
O coração aperta
A garganta seca
E a alma fica em alerta vermelho!
Falta-me uma partilha doce
Silêncios…
Sinto uma frieza estranha
Uma distância… para além da distância
Meu Deus, ajuda-me a entender
Esta dor magoada
Pronuncio de uma nova perda…
Não quero…não mereço…
Sinto-me estranha
Neste turbilhão que me avassala.
Meus Deus, ajuda-me a entender
Porque me dói tanto
Sem eu saber o porquê!!!

SILENCIO NA MADRUGADA

4 horas da manhã,
O sono teima em não vir
Com  um café na frente…
Volto aos meus desabafos.
Um turbilhão de ideias…
Tudo é silêncio a minha volta
Apenas o rodar dos carros
Corta o silêncio da madrugada.
Mais uma noite sem sono
Com tantas perguntas
Sem encontrar resposta…
Tantos sonhos
Sem saber se consigo realizar
Queria deixar de pensar,
Mas a mente,
É um cavalo à solta
Num galope doido
Que não consigo parar.

Rosas, em madeira que o tempo nunca murchará...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

AS PALAVRAS QUE NUNCA TE DISSE...

Hoje ao acordar senti o teu perfume, e a dor da saudade abraçou-me até me esmagar.
Voas-te para parte incerta e levaste contigo uma parte de mim!
Mas o passar dos anos faz-te cada vez mais presente e eu tenho dias que só queria estar perto de ti…
Há momentos em que tudo faz sentido!
Hoje, especialmente não. Creio que Deus sabe sempre o que faz, mas…contigo Ele foi injusto, porque tu fazes tanta falta meu irmão!
Pouca importância vou tendo  para as pessoas, mas para ti eu sei que tinha, alma da minha alma que está tão pobre e solitária.
Rodeada de papéis e barulho, eu só queria poder estar ao pé do mar, aquele mar que tu tanto amavas, para que as minhas lágrimas se misturassem com as ondas e os meus gritos mudos fossem levados pela rebentação, até ao infinito…
O tempo passa veloz, e já ninguém de me diz “eu amo-te”… mas continuo a recordar a tua voz, quando me dizias num abraço imenso – eu amo-te mana -!
Quando consigo sorrir com o escorrer das lágrimas, dou as boas vindas à saudade e à solidão, vou pagando caro e existência dos meus sorrisos, porque estou a ficar sem tempo…num vazio da falta de tempo!!!

                                           9 de Setembro de 2011

terça-feira, 6 de setembro de 2011

6 de SETEMBRO 2011...

Hoje acordei com uma nostalgia estranha….
Talvez seja dia de lembrar saudades das metas que não atingi e dos anos que não vivi…
Saudades de mim… saudades de ti… porque tenho, sem te ter!
Sensação estranha do dever cumprido em relação aos outros, mas estranhamente falho em relação a mim.
Pensei que quando este dia chegasse eu sorria e dizia feliz, hoje é “O DIA”, afinal é só mais um dia…
Levei a vida a amar e estupidamente não me amei!
A minha vida foi uma tempestade sem vento.
Um pássaro preso por feras adormecidas.
Mas no quotidiano imprevisível a vida acontece…
Amo-te na espera do clarão da tua vinda…
Um sonho sem promessas que deixo correr, sem correr para o agarrar, deixando simplesmente acontecer.
Na década que inicio, quem sabe se a ultima, deixo a praia de ondas mansas descerem silenciosamente e quero olhar-te, olhos nos olhos em silêncio e viver apenas momentos de serena felicidade, em cada ruga que aparecer, em cada suspiro que der, em cada som sussurrado que ouvir!


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

SE EU PUDESSE…

Se eu pudesse parar a minha vida
E dar a eternidade a um só momento…
Se eu tivesse o meu destino preso
Ao destino das coisas do espaço…
Se eu pudesse desfrutar
Todas as leis em que o Universo se move
E parar o meu mundo…
Haveria de escolher o teu abraço
Para fechar os olhos
E dizer mais uma vez…
Valeu a pena nascer
Para um dia te conhecer!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

CHUVA...

Calada e quieta
A ouvir a chuva a cair
Numa noite de verão
Olhei a tempestadade através da janela
Senti
A tempestade molhar-me a alma
E os relâmpagos iluminaram-na
Rasgando-a sem dó!
Permaneci horas a ouvi-la
Ela, é um reflexo de mim
Da agitação carente da vida que passa
Que disfarço com um sorriso
Mas chove em mim
A saudade do teu calor...

terça-feira, 30 de agosto de 2011

MEDOS....

As lágrimas do meu silêncio
São os suspiros do luar
Dos meus sonhos de menina
Do medo que não quero ter
Da partilha que anseio não perder
São lágrimas invisiveis
Que só o coração sente...
Vão se soltando lentamente
Num mar que é só meu
Navegando em horizontes perdidos
Onde os meus gritos
São murmúrios do vento
No vazio da imensidão 
Disperso do meu Ser!

domingo, 28 de agosto de 2011

MADRUGADA…

É no silêncio da madrugada
Que uma lágrima cai
Que me procuro, sem me encontrar

É no silêncio da madrugada
Que a solidão me abraça
E que colo os pedaços do meu vazio

É no silêncio da madrugada
Que o meu eco vai mais Além…
Sem encontrar o retorno

É no silêncio da madrugada
Que me sinto mar agitado
Na ternura que não tenho

É no silêncio da madrugada
Que me dói o não direito
A querer e não te ter!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

RECORDAÇÕES...

Mantem-ne no teu pensamento
Quer seja longe ou perto...
Sinto-me dividida
Entre a alegria e a tristeza
Embriagada pela recordação da tua voz
Pelas palavras que não dizes
Mas que eu tento sentir
No silêncio do teu olhar...
Sublimes e doces recordações
De um abraço sentido
Com água morna cúmplice
Num mergulho incansável de prazer.
Navego à deriva
Na ternuras dos momentos vividos
Onde me refugiu em silêncio!

sábado, 20 de agosto de 2011

VOZ...

Ouvir o som da tua voz
Mesmo que seja à distância
É um bálsamo para a minha alma.
Fecho os olhos…
E oiço uma orquestra
De mil violinos
Numa melodia silenciosa
É tão bom
Sentir que te lembras
Todos os dias de mim…
Obrigada  meu amor!