Quebro contra a corrente
Glaciar à deriva
A chuva bate-me no rosto
Gélida e forte
Sinto-me molhada até ao âmago...
O que era cristal...virou vidro
Deixou de ter melodia.
Tinha um arco-iris
Mil cores que apareciam
Mesmo que o Sol não aquecesse,
Hoje ao olhar o céu
Não o encontro
E as palavras morrem-me na garganta!
A Alma dói...
O coração fenece
Sinto-me uma linha sem horizonte
Numa viagem sem destino
Magia que procurei e encontrei
Nas pétalas de Amor
Secas pelo tempo da ternura.
Jardim desbravado de flores de papel
Que foi arado e vai secando.
No Silêncio das palavras por dizer
Espero um novo amanhecer de calor!