Sou
alguém que poucos conhecem!
Vêm
uma “embalagem” sorridente muitas vezes e noutras alturas um silêncio que
poucos compreendem e tentam alterar… sem entenderem que é no silêncio que EU me
encontro!
Mar
revolto batido contra a rocha… ou lago calmo numa serenidade mansa.
Entristece-me
a hipocrisia, o facilitismo e o compadrio!
Quando
amo, amo com o coração e não com a boca, porque não banalizo a palavra.
Ás
vezes penso, que se os meus olhos
mostrassem a minha alma quando sorrio… alguém ia chorar comigo!
Quando
amo, sou ciumenta, assumo! É um dos meus muitos defeitos, também ninguém é
perfeito, aliás, acho que quem tem a mania de que é perfeito/a deve ser um/a
chato/a de galochas…e as “imperfeições” dão tanto gozo e sal à vida…
Aquilo
que me pode faltar em inteligência e “cultura geral” fruto de muito anos de
estagnação forçada… sobra-me em intuição e 6º sentido, talvez por gostar tanto
de escrever (o que não quer dizer que o saiba fazer ou o faça bem) leio muitas
vezes nas entrelinhas “as palavras por dizer” e certas leituras são piores que
murros no estômago que me colocam de imediato em “alerta vermelho”.
Antigamente
diziam-me que eu tinha um feitio complicado…e que quando me irritava ficava com
“voz de sargento”, hoje ao recordar, da-me vontade de rir, porque eu virava
fera mesmo quando me pisavam os calos.
Se
há coisas que a “velhice” me ensinou foi a descomplicar a vida, embora por
vezes o “vulcãozinho” entre em ebulição, aí, bebo um copo de agua para o apagar, sento-me e conto até dez, procurando
relembrar as aulas de meditação que tive!
Pois
é… sou assim uma mistura estranha com as emoções às curvas no meio de um
labirinto, procurando o caminho ou da luz ao fundo do túnel – mas ao preço que
a electricidade está vou mesmo de vela acesa – tropeçando, caindo e
levantando-me.
Acho
que com um bocado de sorte e muita persistência encontro a saída, nem que seja
de andarilho!