sexta-feira, 9 de setembro de 2011

AS PALAVRAS QUE NUNCA TE DISSE...

Hoje ao acordar senti o teu perfume, e a dor da saudade abraçou-me até me esmagar.
Voas-te para parte incerta e levaste contigo uma parte de mim!
Mas o passar dos anos faz-te cada vez mais presente e eu tenho dias que só queria estar perto de ti…
Há momentos em que tudo faz sentido!
Hoje, especialmente não. Creio que Deus sabe sempre o que faz, mas…contigo Ele foi injusto, porque tu fazes tanta falta meu irmão!
Pouca importância vou tendo  para as pessoas, mas para ti eu sei que tinha, alma da minha alma que está tão pobre e solitária.
Rodeada de papéis e barulho, eu só queria poder estar ao pé do mar, aquele mar que tu tanto amavas, para que as minhas lágrimas se misturassem com as ondas e os meus gritos mudos fossem levados pela rebentação, até ao infinito…
O tempo passa veloz, e já ninguém de me diz “eu amo-te”… mas continuo a recordar a tua voz, quando me dizias num abraço imenso – eu amo-te mana -!
Quando consigo sorrir com o escorrer das lágrimas, dou as boas vindas à saudade e à solidão, vou pagando caro e existência dos meus sorrisos, porque estou a ficar sem tempo…num vazio da falta de tempo!!!

                                           9 de Setembro de 2011

2 comentários:

  1. Caminhar no interior da ausência de alguém que partiu, dói. E o passado anda atrás de nós. Com momentos de dor lancinante cola-se-nos ao coração. E aquela dor fina que só a saudade sem cura provoca, faz-nos sentir frágeis. Estranha a condição humana... quando estamos fragilizados até as boas recordações nos fazem sofrer. Eu sei, dolorosamente, o que isso é. Parece que a pessoa ausente era o elo de ligação entre memórias e recordações. Com a sua partida os laços quebram-se, as pessoas afastam-se e a dor permanece.

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  2. É verdade...quando um irmão ou uma irmã parte, vai um pedaço de nós...nós sabemos o que isso é, porque o tempo passa mas a saudade não!

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