quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

ESCREVO AO VENTO QUE PASSA...

Escrevo ao vento que passo
O grito que calo obrigada
Aquilo que sinto
E não posso, nem devo dizer

Escrevo ao vento que passa
O sentimento estranho da revolta
Do meu Eu amachucado
Da saudade que tenho
Do que fui e já não sou

Escrevo ao vento que passa
O meu sorrir entre lágrimas
Do perdão que peço a Deus
Do meu errar por amor
Do meu não direito a vida

Escrevo ao vento que passa
O meu fim anunciado
O adeus à minha música
E às palavras que me cansam
Ao pouco que sempre pedi
Aos meus sonhos escondidos
Num coração tão cansado

Escrevo ao vento que passa
Mas ele passou…sem me ouvir!!

1 comentário:

  1. Este texto poético está impregnado de uma nostalgia e de uma tristeza imensa. Apetece-me perguntar à autora o porquê dessa dor imensa que perpassa em cada palavra, em cada linha...
    A vida não pode ser só tristeza e desilusão, dor e melancolia. Também é olhar em volta e ver a vida a despontar em cada manhã.

    Um beijo

    Alquimista

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