Quando eu me calo
No passar das horas mortas
De um tempo sem tempo
Abandono-me no ondular da seara
E no correr da brisa no rosto!
Mas, por vezes eu calo-me
Quando a alma faz silencio
Calo como uma árvore que se curva
Ante a inevitabilidade do inverno
Calo no silêncio inútil do cansaço
E do oco das palavras
Que não valem a pena serem ditas
Calo-me no silêncio da contemplação
Olhando a natureza que envolve e esmaga
E às vezes quando me calo
No silêncio dos silêncios
Na ausência de coisa nenhuma
A vida fica suspensa
E nesse silêncio inerte fico à espera do possível…
Do fazer acontecer
Porque não me quero voltar a calar!
Escutar o barulho do silêncio é das coisas que mais aprecio !
ResponderEliminarLindo poema.
E onde foste buscar essa pintura tão policromada e tão cheia de belos quadrados ?
Um beijo.
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EliminarOLá João
EliminarGrata pelo teu comentário..:-)
Quanto à pintura, é uma das muitas que faço atraves do paint.
Beijinho
Sinceramente, para mim, o poema é complicado. Faz-me lembrar uma "desconstrução", seja lá isso o que for.
ResponderEliminarDirei que vai bem o poema com o desenho, o que não admira sendo a artista a mesma.
Bjo.
Descontrução para uma construção...ou construção para uma desconstrução...seja lá isso o que for, mas é uma arte em que tu és eximio...:))))
ResponderEliminarUm beijo embrulhado num sorriso..:)))