sexta-feira, 30 de novembro de 2012

SEMPRE….

Sempre…
Simples de dizer
Tão difícil de alcançar!
Talvez o tempo fique parado
Talvez venha ter comigo…
Busco respostas
Rasgando o mapa do destino
Como barco navego…Sempre
O Sempre…me aprisiona
Nas sensações e nas emoções
Solto-me em gargalhadas
Imaginando as ondas do teu corpo
E Sempre… busco a serenidade
Quero o Sempre…do desejo matinal
O Sempre…do anoitecer feiticeiro
O beijo que descobre o prazer
O Sempre… da timidez do início
Que eternizam os momentos
O sempre…tão difícil de alcançar
Mas que eu quero…SEMPRE…SEMPRE!


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PANO DE FUNDO…

Na tela do sonho
Pinto um cenário…
O Mar
Como pano de fundo
Num fim de tarde
Ao por do sol
Os dedos se entrelaçam
Num silêncio gostoso
O olhar mergulha
Num sorriso cúmplice
Entrelaçados…
Sentem a ondulação do mar
Na respiração levemente agitada…
A pele tem sabor a sal
E mergulham
No desejo doce de um beijo!


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

LER A VIDA COM O CORAÇÃO....

Será possível no Outono da vida
Sentir um vulcão de verão?
O corpo a arder…
A mente, qual cavalo de corrida
De crinas ao vento
Saltando obstáculos
Para ir ao teu encontro!
A Vida Está
No cimo da montanha
Rodeado de muros
De lá…lanças a tua sedução
Vejo-te com os olhos semicerrados
E um sorriso maroto e irónico
Mas a boca cerrada, silenciosa…
O meu castigo, é o teu silêncio,
O teu desacreditar no ser humano,
A mágoa que escondes
Das traições sofridas.
Não consigo fazer-te perder o medo…
Amo-te na solidão das minhas noites
E no acordar de cada manhã!
Sinto-me uma adolescente tonta
Com vontade de viver
Do estremecer de um abraço
No beijo que se adivinha...
Mas tu, não acreditas de todo
A Vida está
Misteriosamente quieta…
Talvez à espera de outro grande Amor.
Dói-me pensar nisso, e não ser a eleita!
Que mais posso fazer?
Só vendo com os olhos da alma
Se pode ler a verdade do coração!!!


terça-feira, 20 de novembro de 2012

CINZAS AO VENTO…

São elas sempre as nossas recordações
Febris…voam…voam…
E queimam-nos nos delírios
Das noites de insónia!
Da pele húmida colada à nossa
Dos gemidos entrecortados
Sussurrados ao ouvido
Dos lábios unidos
Humedecidos de beijos
Da mão…que lentamente nos percorre
Cortando a respiração
Momentos…momentos…momentos
Porque a vida é feita de momentos!
Ao atravessar a rua
Vi mãos entrelaçadas
Com olhares cúmplices
O silêncio a subentender
“O quero-te…”
E o desejo regressa
De novo a “menina” renasce
O tempo continua à espera
Da agonia de um toque
Na luxúria do prazer…
Perdida no meio dos lençóis
Deixo a imaginação voar
Não quero ainda acreditar
Que tudo isto não passou
De Cinzas ao Vento!!!




quinta-feira, 15 de novembro de 2012

ESTRANHAMENTE...VAZIA!


De repente senti-me
Estranhamente vazia!
Senti...senti...
Que não há quem me entenda o silêncio
Que se eu me calar...
Não há quem pergunte porquê!
Estranha sensação do nada
Como se a vida
Fosse um erro constante.
Olhos as mãos...
E esboço um sorriso irónico
Porque
Uma está cheia de nada
E outra...de coisa nenhuma.
Doei-me sem arrependimentos
Mas sinto a falta do calor
De um sorriso em silêncio
Por isso hoje...
Me sinto Estranhamente Vazia...!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

REFLEXÕES SOBRE O “AMO-TE”...

Penso sempre quando me dizem …amo-te… como estas palavras mudaram o seu significado ao longo da vida!

Quando era jovem, a cabeça voava para um bonito vestido branco e vinha-me à ideia o “felizes para sempre”…ai a juventude… foi a duras penas  que entendi como efémero é o “sempre”, e hoje conto pelos dedos os “sempres” que conheci!

Tirando o Amor pela filha, porque esse sim é terno e para sempre… (falo por mim que assumo em absoluto a mãe galinha que sou).

Adquiri o hábito, não sei se bom ou mau, de só as pronunciar quando, o coração grita tanto que a boca tem obrigatoriamente de as vocalizar!

Não é que não sinta vontade, mas eu como continuo a ser muito mais emocional que racional, dando sempre muito mais que o recebo, sem me arrepender de o fazer,  choca-me a banalização de tão bonitas palavras e a leviandade com que a oiço e leio…

Hoje, que o Outono da viva me envolve, ao ouvi-las sorriu e penso…”está bem abelha…queres é um belo momento com bolinha do canto superior direito”… e eu de facto sou de má boca, só “como” o que gosto e não o que me põe na frente, não acredito de todo que quem dá um chouriço, não queira depois a porca por inteiro!

A idade, longe de me tirar o romantismo e o sonho, tornou-me analítica quanto às palavras que ouço, porque elas as vezes são meras palavras pronunciadas pela boca e não pelo coração!

“Amar…não é apenas olhar um para o outro, mas sim saberem olhar ambos na mesma direcção”.

São silêncios partilhados com ternura, cumplicidade, respeito, é estar sempre perto mesmo que a kms de distância.

Amar é um arco-iris de mistério e sedução, são sentimentos que nos percorrem lentamente onde a sintonia impera e se adivinham as Palavras por Dizer!

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O SOPRO DO VENTO…


Oh sopro do vento
Na fúria do vendaval
Leva-me em teus braços
Não me deixes olhar para trás
Faz-me apenas recordar
O verde das serras
E dos jardins por onde andei…
Das músicas que ouvi
E das gargalhadas que dei!
Já que outros braços não tenho
Deixa-me aninhar nos teus.
Da Mulher que já fui…
Deixo os sonhos de menina
Que de sonhos…
Não passaram mesmo
Deixa que a noite me envolva
E me mate a saudade
Da imensidão do mar
Onde tantas e tantas vezes
As minhas lágrimas lavei
Sopra vento sopra
Não me deixes olhar para trás!!