quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

PALAVRAS POR OUVIR…


Laura sentada a ouvir a chuva a bater no vidro da janela perdeu-se em pensamentos…

Se a vida das pessoas fosse um círculo perfeito, talvez ela o tivesse encontrado noutras circunstâncias, e ele a amasse como ela o amava.

Mas a vida é uma estrada com rectas, curvas e contra curvas, encontros e desencontros, onde as palavras vão do coração à garganta e nela ficam presas…

Os dias cinzentos alternavam com os dias de sol, e o relógio do tempo não parava.

Queria ouvir as palavras que nunca lhe tinham dito … navegar na doçura de um abraço, no sussurro silencioso da cumplicidade.

Perdida no meio de tantos sentimentos, reviveu os passeios cada vez mais distantes e sentiu a melancolia de nunca ter sido verdadeiramente amada.

Talvez por culpa sua, que nunca tivera capacidade para tal…

Mentalmente sentiu o cheiro da serra e não pode deixar de sorrir…

Sentiu-lhe a presença, o cheiro, a pele … e deixou-se ficar envolta em sonhos esvoaçantes.

Era tudo o que lhe restava para a acompanhar no avançar da idade… sonhar e amar em silêncio!

Levantou-se e pôs uma valsa a tocar, sentindo-a em todos os momentos  no seu pensamento.





domingo, 8 de fevereiro de 2015

UM DESERTO NO CORAÇÃO...



Quero subir ao alto da serra
E ouvir o som que vem de dentro de mim.
Dizer o que me vai na alma
Ouvir o eco da minha voz
E gritar a plenos pulmões
As vezes que sinto sem perceber
Um deserto no meu coração!
Uma melodia de silêncio
Onde me tento encontrar…
Por tudo o que nunca vi,
Pelos concertos que não ouvi,
Pela vida que passou e não vivi.
Indefesa procuro algo
Na difícil porta de uma vida
Que o tempo teimou sempre em fechar.
Complicado deixar de sonhar
Quando o coração pulsa
E entre sorrisos e lágrimas continua a Amar!







terça-feira, 27 de janeiro de 2015

31 ANOS DE VIDA ...



Tanta ternura guardada
Silenciosamente gerando
Uma reserva de Amor.
Dádiva valiosa … joia rara
Num misto de sentimentos
Do medo à felicidade
Que abraçou a minha vida
Com o brilho reluzente do olhar.
A minha roseira floriu
Qual estrela em noite de luar.
Minha filha … Minha poesia
A minha luz em cada dia
                              No meu eterno jeito de te AMAR!






domingo, 18 de janeiro de 2015

A COR DO DINHEIRO...




A felicidade não se pode construir à custa da infelicidade dos outros!

O dinheiro pode comprar estatuto social, bens materiais, mas…

Não compra Amor…o amor nasce, floresce, cria raízes, faz próximo quem está longe e,  como Freud escreveu, - ”como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada” (cada vez é maior o “desamor” e a solidão).

Não compra solidariedade…ela é um sentimento de identificação em relação ao sofrimento dos outros e consiste no acto de ajudar quem necessita (cada vez é mais palavra vã).

Não compra altruísmo…porque ele é uma atitude de amor ao próximo, um pensamento primeiro nos outros e depois em nós (na sociedade actual a maior parte das pessoas preocupa-se principalmente com o seu próprio umbigo).

Não compra ética…porque os valores morais que orientam o comportamento em sociedade enfermam de grave doença em relação ao carácter de cada ser humano (todos os meios servem para atingir os fins, doa a quem doer).

Hoje deu-me para dissertar, mas a verdade é que, na generalidade dos que menos têm, é que saem os auxílios aos que mais necessitam.

Mas,  como em tudo na vida, há as excepções que confirmam as regras, e felizmente que assim é.

Cada vez me sinto mais desajustada nesta sociedade que não passa de uma feira de vaidades, onde o dinheiro, a corrupção e a violência falam mais alto!



quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O SILÊNCIO…



O silêncio abre as portas ao pensamento!
Ele redime se for por opção…
Em silêncio se observa o mar que nos embala no seu vai e vem
O silêncio é sonho quando deixamos a imaginação voar…quando no meio de uma serra observamos a plenitude da natureza e ouvimos os pássaros a cantar, ou quando enlaçados olhamos um por do sol…

Mas…o silêncio castra e magoa, se for o silêncio da solidão…

Um silêncio e tanta gente…
O silêncio
Das palavras por dizer,
O silêncio
Das palavras que quero
E não oiço,
O silêncio
Das que não digo…
E queria dizer.
O silêncio
De uma vida por viver.
As vozes ecoam
No silêncio da solidão…
Silêncio, silêncio, silêncio
O som
Torna-se num grito calado
O olhar
Procura o horizonte
O vazio
Galopa sem parar,
O tempo
Parou no silêncio
Das emoções por viver…!!!



sábado, 27 de dezembro de 2014

O ÚLTIMO DE 2014....


O ano está a acabar... e este ano não me apetece fazer o "balanço" habitual!
Foi tão mauzinho em todos os sentidos (desde o político ao familiar) que o melhor é ficar quieta em vez de vir para  aqui carpir mágoas...
Digo sempre, que talvez o próximo seja melhor... mas nada acontece ... 
Como sou uma optimista, e a esperança é a última a morrer... quem sabe o próximo, seja o tal!
E pensando nisso mesmos,  queridos seguidores e comentadores...


Que o próximo ano vos traga a realização de todos (ou pelo menos de alguns) sonhos que desejem realizar.
Com um beijinho e um obrigada pela vossa companhia vos desejo


Até para o ano, esperando de novo por todos vós!



sábado, 13 de dezembro de 2014

NATAL …


Sonhem … busquem … esperem … amem …e sejam amados!
Deixem a alma voar alto.
Que neste Natal vocês O encontrem, não só na alegria que sentem ao saírem das lojas com os presentes … mas reparem também na feição triste da criança abandonada na rua, na qual todos esbarram apressadamente, sem repararem nela.
Que todos encontrem o que buscam ao fazerem feliz uma criança, que nada tem e apenas espera Amor!

Um Natal com Paz, Saúde e Amor.


Para todos vós que me acompanham nesta minha “Casa” um imenso beijinho e um OBRIGADA pela vossa companhia.




terça-feira, 2 de dezembro de 2014

DESTINOS…



Há canções que marcam…
Há gestos que ficam
Marcados a fogo
Recordações plenas
De tempos vividos.
Palavras que não foram ouvidas
Pequenos gestos traduzidos num olhar
Mas que os lábios não pronunciaram.
Amor tecido em silêncio
Na incerteza dos pensamentos
Um jardim pleno
Que não consigo alcançar.
Uma sinfonia de loucos desejos…
Abraço um destino
Que me foi imposto e abomino
Almas encontradas numa encruzilhada
Que a vida não deixou ancorar!


                                                                                   


domingo, 23 de novembro de 2014

LETRAS...


Entre os dedos
Escorrem-me as letras
Amantes entre si.
Sem pudor
Escrevo sonhando
Cresço e me empolgo
Deixando a ilusão fluir.
Visões mil…
Do chilrear dos pássaros
Em cada amanhecer
Do aroma das flores
Da maresia feita espuma
Do murmúrio do vento
Entre as folhas das árvores
A que me prendo.
Morro e renasço
Em cada letra que escrevo
Sentindo-me…
Entregando-me…
Choro e rio da solidão
Numa entrega total
Entre o meu Ser
E as letras
                                            Que me escorrem entre os dedos!


domingo, 16 de novembro de 2014

RECORDAÇÕES...


O dia nasce lentamente
Sem pressa no despontar do sol
Apagando a sombra da noite
Onde o meu pensamento vagueou.
A recordação do teu sorriso
Faz aflorar o meu
Numa partilha silenciosa.
Recordo o sabor dos teus lábios
Beijos tatuados com mel
Que percorreram a minha pele.
A minha alma em tempestade
Clama sôfrega por ti…
Mas deixo a saudade envolver-me
E na ternura das recordações
Deixo-me de novo adormecer!






segunda-feira, 3 de novembro de 2014

BASTA…


O ser humano é cada vez mais imperfeito…

Os valores da lealdade perdem-se diariamente!

Faz-se da vida um jogo de Mentiras, Segredos e Omissões…

Nada é certo, porque tudo acaba por ser efémero.

As noites, tornam-se mares de insónias na incerteza do amanhã!

Os sentimentos, são joguetes nas mãos de jogadores hábeis, que driblam os mais inocentes, porque ainda há quem acredite que eles existem.

Famílias completamente disfuncionais, onde se vive a vida do faz de conta, porque não há coragem para por pontos finais, para não serem julgados pela sociedade.

Um desemprego gritante, que faz as pessoas ficarem sitiadas nos próprios casulos, por não terem hipóteses de gritarem BASTA!

A vida para mim, sempre foi um tudo ou nada, mas perante tudo isto,   interrogo-me  se vale a pena acreditar em valores que para mim eram sagrados, ou se não passo de uma inocente sonhadora, que acha que a felicidade ainda pode existir!!!


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

HÁ DIAS…



Há dias
Em que trago no peito uma imensidão…
O som do mar em soluços…
O brilho do sol que não me aquece…
O sorriso da lua que me entristece!
Há dias
Em que tenho um estranho medo de acordar…
Há dias
 Em que a terra me prende e me chama …
Porque há aromas que não conheci.
Há dias
Que tenho saudades de mim…
E dos sonhos de menina
Há dias
 Em que a solidão me abraça
E com ela me deixo adormecer!


quinta-feira, 9 de outubro de 2014

4º ANIVERSÁRIO...




O Labirinto de Emoções fez ontem 4 anos!
Já esteve para ficar pelo caminho, mas…umas vezes de canadianas outras de andarilho,  lá vai caminhando e nele me vou aninhando, muitas vezes com um sorriso, ao ler os comentários que carinhosamente vão sendo deixados em cada novo post .
Muitos balanços tenho feito da minha vida … e por diversas vezes cheguei à conclusão que me dei por inteiros a muitas pessoas, cuja paga foram “trocos” e um valente “chuto do traseiro”... mesmo assim,  continuo a acreditar no género humano, e nunca foram esses “mimos” que me retiraram o sorriso.
Serei tonta? Crente? Romântica? Sonhadora?
Talvez !!!
Mas quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita!
Deixo aqui o meu CARINHOSO OBRIGADA e um IMENSO BEIJINHO a todos/as que têm a paciência de me ir lendo.




A ETERNIDADE DOS DIAS…

Estendo-me lentamente
Numa melodia de silêncio
Sentindo-te apenas…
Flutuo contigo
Naquela maré de ternura
Da leveza das tuas mãos
Como um mar sem fim
Aguardando o raiar do sol poente.
Sonho de breves instantes
Eternizados na minha alma
Solitária e sem abrigo.
Mas no teu abraço
Me aninho e esqueço
Tentando fazer de cada momento
A eternidade dos meus dias!


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

UM OLHAR...


Olho-te Tejo
Com a serenidade da tua corrente


Vendo o teu ondular silencioso
De um verde esperança.
Sinto uma brisa cálida
De um Sol morno
Caído em ti
Com reflexos dourados.
Olho-te, sem me cansar
Numa paz serena
Perco-me num horizonte
Sem ter fim.
Espero um Pôr-do-Sol
Para me prender
Numa sensação estranha
Do reencontro
Entre mim e a Natureza
Que clama forte
E me chama silenciosamente.


segunda-feira, 8 de setembro de 2014

UM SORRISO…



Apenas procuro a pacifica ternura de um sorriso
Mas um dia… um dia
Mansamente
Envolvo-me em nevoeiro
E deixo-me levar… no meio da bruma
Serei o silêncio dos silêncios
Talvez seja lembrança…
Talvez apenas recordação!
Mas...
Serei da leveza do algodão
Sem ser fardo ou obrigação!
Um dia… um dia
Eu vou ao encontro do Sol
E a ternura de um simples sorriso
Será o afago
Que levarei para me aquecer o coração!