quinta-feira, 24 de abril de 2014

DANÇANDO AO LUAR...

Perco o olhar
Na imensidão do Tejo.
Sentada no miradouro
Imagino-me
Dançando ao luar
Como, se uma vaga fosse
Qual feiticeira
De sonhos perdidos
De sonhos procurados
Aqueles
Que todos esperam
Mas…
Serenamente deixo-me levar
No rodopio cálido do vento
A Lua olha-me trocista
E… Eu continuo
Dançando ao luar!


quarta-feira, 16 de abril de 2014

AQUI…

Estou aqui de novo
Mas não sei se vou ficar!
Sinto-me frágil… quase infantil
As palavras esvaiem-se no silêncio.
Desço uma escada
Degrau a degrau
Com um arco-iris nas costas
E um pôr-do-sol… imaginário
Apertado no coração.
Numa mão uma mala quase vazia
Por onde os sonhos se vão escapando
Na outra uma estrela
Que tento não deixar fugir.
Vou tropeçando
E de novo me ergo
Procurando a luz na escuridão.
Já não reconheço o sorriso
Que mesmo assim persiste
Estou aqui…
Só não sei se vou ficar!!

A Páscoa está a chegar, época de introspecção e renovação sobre o sentido da vida... que a Paz seja uma constante e que o Sol aqueça todos e cada um de vós


quarta-feira, 9 de abril de 2014

CALO-ME…

Quando eu me calo, nas horas mortas de um tempo sem tempo, onde me abandono no ondular da seara e no correr da brisa…a solidão me abraça!

Mas por vezes calo-me… mas calo-me quando a alma fica em silêncio, como a árvore se curva à inevitabilidade do inverno.

Calo-me no silêncio inútil do cansaço e do oco das palavras ouvidas e que não devem ser ditas.

Calo-me no silêncio da contemplação, olhando a natureza que me envolve e esmaga!


E às vezes, quando me calo no silêncio dos silêncios, na ausência de coisa nenhuma… a vida fica pura e simplesmente suspensa na imensidão do nada… ou de cada momento!!