terça-feira, 30 de agosto de 2011

MEDOS....

As lágrimas do meu silêncio
São os suspiros do luar
Dos meus sonhos de menina
Do medo que não quero ter
Da partilha que anseio não perder
São lágrimas invisiveis
Que só o coração sente...
Vão se soltando lentamente
Num mar que é só meu
Navegando em horizontes perdidos
Onde os meus gritos
São murmúrios do vento
No vazio da imensidão 
Disperso do meu Ser!

domingo, 28 de agosto de 2011

MADRUGADA…

É no silêncio da madrugada
Que uma lágrima cai
Que me procuro, sem me encontrar

É no silêncio da madrugada
Que a solidão me abraça
E que colo os pedaços do meu vazio

É no silêncio da madrugada
Que o meu eco vai mais Além…
Sem encontrar o retorno

É no silêncio da madrugada
Que me sinto mar agitado
Na ternura que não tenho

É no silêncio da madrugada
Que me dói o não direito
A querer e não te ter!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

RECORDAÇÕES...

Mantem-ne no teu pensamento
Quer seja longe ou perto...
Sinto-me dividida
Entre a alegria e a tristeza
Embriagada pela recordação da tua voz
Pelas palavras que não dizes
Mas que eu tento sentir
No silêncio do teu olhar...
Sublimes e doces recordações
De um abraço sentido
Com água morna cúmplice
Num mergulho incansável de prazer.
Navego à deriva
Na ternuras dos momentos vividos
Onde me refugiu em silêncio!

sábado, 20 de agosto de 2011

VOZ...

Ouvir o som da tua voz
Mesmo que seja à distância
É um bálsamo para a minha alma.
Fecho os olhos…
E oiço uma orquestra
De mil violinos
Numa melodia silenciosa
É tão bom
Sentir que te lembras
Todos os dias de mim…
Obrigada  meu amor!

domingo, 14 de agosto de 2011

VAIS...(Um pensamento sussurrado...até ao Alem...)

Vais…
E levas contigo
Um pedaço de mim
No ar
Fica o teu calor
Em mim
O teu amor.
Quando estás,
As horas parecem minutos
Quando partes,
O minuto é a eternidade
Imagens loucas
Desfilam em galope…
Fecho os olhos
E continuo a voar.
Vem…
Preciso de ti!

sábado, 13 de agosto de 2011

13 DE AGOSTO DE 2011...

O dia arrasta-se moroso e solarengo e eu arrasto-me com ele.
Dentro da minha cabeça passa o filme das nossas festas, das nossas gargalhadas, das nossas malandrices.
Deixa-me sentar um pouco ao teu lado e abraça-me – a saudade que eu tenho dos teus abraços e da tua voz – de ouvir a campainha tocar e tu apareceres com um sorriso matreiro a dizer:
Mana há jantar para mais dois?
E lá entravas com a Jão mais o saco dos frangos de churrasco e o vinho! E depois… depois,  eram conversas infindáveis, anedotas e gargalhadas até às tantas.
A tua Sara está uma mulher esplendorosa, tem a tua luz…e a minha Joana, embora diferente também. Se elas fossem irmãs não tinham maior amor e cumplicidade, são muitas vezes o porto de abrigo uma da outra, como nós éramos os dois.
A mãe… a mãe, quer ir ter contigo, diariamente o repete, mas ELE ainda não lhe deu o passaporte… e ela vai ter de esperar!
E eu, eu cá vou vivendo, tu sabes como… vou amando baixinho, porque não pode ser de outro modo, mas sei que tu aprovas, porque é de pessoas assim que tu gostas, seres humanos de corpo inteiro!
Desculpa as lágrimas teimosas que me vão inundando, mas as saudades aumentam a cada dia até o coração doer, e a tua irmã vai ficando velhota e cada vez mais piegas.
E tu…tu porta-te mal, mas com classe (como sempre o dizias) Um beijo imenso de parabéns e continua a olhar por todos nós!!!
Um dia encontramo-nos, tenho a certeza e juntos comemoraremos todos estes aniversários em atraso…

SONS...(O som da tua voz tem para mim a magia de uma orquestra de violinos...)

O som do silêncio
No brilho do teu olhar
É o clarão da minha madrugada…
Sei de cor,
o aroma
Das tuas palavras.
Fecho os olhos,
e revejo
O teu ténue gargalhar.

O desenho dos teus lábios
São as pétalas vermelhas
Que percorrem o mapa
Da minha inocência perdida…
Onde me entrego
Por completo!

Sons e aromas mágicos
Repassam na tela
Da minha existência…
A tela, que eu quero
Para sempre… inacabada.

domingo, 7 de agosto de 2011

VIDA FEITICEIRA..

Sonhei que o meu corpo se fundia, procurando o elo que se partiu!
Os meus dedos solitários não têm onde se abrigar, apenas me resta fechar as mãos...
Alma nua, num balanço que necessito fazer, mas que adio hora a hora.
Escrevo na areia, para o vento levar ou para o mar desfazer uma escrita inacabada que ninguem lê.
Vou fazendo da vida um teatro...num palco sem espectadores.
Tenho saudades de me sentir estremecer num percorrer de mãos, de me sentir feitceira num momento mágico de amor...
O tempo por percorrer do amanhã incerto.
Sonhei-te, mas não sei onde estás.
Continuo simplesmente à espera que a vida feiticeira aconteça.

sábado, 6 de agosto de 2011

JARDIM IMAGINÁRIO…

Passeio num jardim imaginário
No meio da escuridão
Pressinto as sombras
Sem contudo as ver!
Deixo voar a imaginação
Sinto os cheiros
O brilhar dos pirilampos.
Na minha cabeça ecoa uma valsa
Recordações bonitas
Efémeras
De um tempo que passou
E deixou saudade…
Uma tristeza invade-me
O frio penetra-me até à alma
Não arrefecendo o fogo
Do meu coração em chamas!
O passeio continua
A ilusão e o sonho
São a minha companhia.
Por entre as pedras
Deste jardim do sonho
Vou vagueando
Até ao romper da aurora
Deixando a nostalgia tomar-me
Até doer a saudade
Que sinto de mim!!